Síria

Mulheres alauitas sofrem sequestros brutais na Síria pós-golpe

Há indícios de que grupos ligados ao Ministério do Interior do regime mercenário sírio participam dos ataques

Na Síria, mulheres da comunidade alauita têm sido alvos de sequestros violentos desde a queda do governo nacionalista de Bashar al-Assad, em um cenário de crescente perseguição sectária. Relatos apontam mais de 40 casos de desaparecimentos desde o início de 2025, com muitas vítimas sofrendo abusos físicos e psicológicos. Um caso emblemático é o de uma jovem mãe, sequestrada com seu bebê de 11 meses perto de Jabala, na costa síria, por homens armados que a interrogaram sobre sua origem religiosa antes de levá-la à força. Após semanas de cativeiro, ela foi libertada mediante pagamento de resgate, mas agora vive no exterior, com graves sequelas.

Os sequestros, concentrados em áreas como Jabala e Tartus, seguem um padrão de humilhação sistemática contra alauitas, minoria religiosa associada ao governo deposto. Ativistas como Bassel Younus, que monitora violações a partir da Suécia, afirmam que os ataques visam submeter toda a comunidade alauita, tratada como “infiéis” por grupos radicais sunitas.

Em março, distúrbios em Jabala deixaram centenas de mortos, evidenciando a escalada da violência sectária. A ONU confirmou ao menos seis casos de sequestro e prepara um relatório detalhado sobre o tema.

Liderado por Ahmed al-Sharaa, o regime mercenário anunciou a criação de uma comissão para investigar os casos, mas não apresentou resultados até o momento. Há indícios de que grupos ligados ao Ministério do Interior sírio participam dos ataques, o que agrava a desconfiança de minorias, como cristãos e alauitas, em relação ao novo governo. Famílias das vítimas, temerosas, evitam exposição pública, enquanto resgates são exigidos via sistemas opacos, como o hawala, com transferências para a Turquia.

O imperialismo, que apoiou a derrubada de Assad sob o pretexto de promover “liberdade” e “direitos das mulheres”, agora silencia diante da barbárie contra alauitas. A propaganda de que o novo regime seria um defensor das mulheres é desmentida pela realidade de abusos e sequestros. A violência sectária reflete a desestabilização promovida pelo sionismo, que buscam enfraquecer a Síria e suas comunidades para impor um governo alinhado aos seus objetivos.

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