53ª Universidade de Férias

No quinto dia, revolução, António Vieira e Barroco

Cada dia que passa, o evento confirma seu papel como o mais importante programa de formação política do País

Nesta quarta-feira (10), o Acampamento de Férias da AJR e do Partido da Causa Operária (PCO) chegou ao seu quinto dia com uma programação intensa, voltada à formação política, discussão teórica e confraternização entre os participantes. Desde o início da manhã até a noite, os acampados participaram de uma série de atividades que reforçaram o caráter militante e coletivo do evento.

O dia começou com um café da manhã reforçado, que, como mostram as imagens, ofereceu uma ampla variedade de alimentos. O buffet incluía ovos mexidos, linguiça calabresa, frios, pães diversos e frutas.

Um verdadeiro banquete, preparado para garantir energia a todos os participantes diante da agenda carregada do dia. A refeição foi servida no salão do hotel onde se realiza o acampamento, com direito à vista para a piscina — mas o foco, como sempre, seguiu sendo a formação revolucionária.

Logo após o café, iniciou-se a quarta aula da Universidade Marxista, ministrada pelo presidente nacional do PCO, Rui Costa Pimenta. A exposição, que deu continuidade ao tema “A teoria marxista da revolução e a situação atual”, tratou de aspectos fundamentais do desenvolvimento histórico do capitalismo, da Revolução Francesa e do papel do imperialismo na formação do mundo moderno. A fala de Pimenta foi acompanhada atentamente por um auditório lotado, seguido de perguntas e comentários por parte dos militantes.

Um dos participantes da aula foi o tunisiano Wallid Marcelo, que participa pela primeira vez do Acampamento de Férias. Em português ainda vacilante, mas com entusiasmo evidente, ele comentou: “o companheiro Rui Costa Pimenta falou sobre as revoluções do século XIX. Eu estou pesquisando as palavras em português, por isso estou atrasado para entender tudo. É bom para aprender os pontos da história, as mudanças da Revolução Francesa e também da Inglaterra, que começou o imperialismo. Falou também da França e da Alemanha”.

Após a aula, os presentes se dividiram em grupos de discussão, organizados por tema e afinidade, visando debater os conteúdos das aulas da Universidade Marxista, tirar dúvidas e aprofundar os conceitos apresentados. Os grupos são um dos pontos altos do acampamento, permitindo a participação ativa de todos os presentes, além de favorecer a assimilação do conteúdo.

A militante e professora Angelina Dias, de Campinas, destacou a importância do debate realizado no grupo: “eu achei ótimo. Tinha só duas perguntas, mas foi suficiente para render praticamente tudo que o Rui falou sobre a questão da visão de Marx a respeito das leis para controlar o Estado. Porque, antes do Estado burguês, eram os reis que faziam as leis — mandavam em tudo. Eles decidiam o que era permitido ou proibido. E hoje, o Alexandre de Moraes está fazendo o que os reis faziam naquela época. Ele decide: ‘isso aqui eu não gosto’, ‘isso aqui não pode’. Então eu achei muito boa a discussão de hoje. Foi muito proveitosa”.

No período da noite, os militantes participaram de mais uma atividade teórica: uma palestra ministrada por Afonso Teixeira, que abordou a arte barroca, a literatura e a figura do padre António Vieira, relacionando o conteúdo histórico e cultural com a atualidade da luta política e a crítica marxista ao identitarismo.

Feris Boabaid foi um dos que comentou a palestra: “a gente vem para a Universidade de Férias e se sente numa universidade de verdade. A coisa é séria. A gente sai daqui mais rico. O tema sobre o Barroco e o Padre António Vieira foi muito interessante. Eu nunca tinha voltado minha atenção para o Padre Vieira. Foi novidade para mim. Tem todo um encadeamento histórico dos temas. E, finalmente, essa crítica ao identitarismo, essa atualização da crítica marxista, foi excelente”.

O dia foi encerrado com um jantar igualmente reforçado, que também serviu como momento de confraternização. Caldo verde, saladas variadas e fartura marcaram a última refeição do dia. Tiago Pires, militante bancário em Araraquara, comentou: “o jantar estava muito bom, as companhias muito agradáveis, muita fartura. A gente comeu um caldo verde, uma variedade de saladas muito grande. Pelo que percebi, o pessoal gostou bastante. É um momento de confraternização também”.

O quinto dia do Acampamento de Férias mostra o equilíbrio entre a formação política séria, o debate coletivo e a convivência agradável entre companheiros. O evento continua nos próximos dias, com mais aulas da Universidade Marxista, oficinas e atividades culturais. Com cada dia que passa, o Acampamento confirma seu papel como o mais importante programa de formação política do País.

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