Irã

Reino Unido espionou Irã através de agência da ONU

Atuando através da Agência Internacional de Energia Atômica, espião do MI6 realiza operações que serviram ao imperialismo para impor mais sanções ao país persa

No início deste mês, o portal de notícias The Grayzone publicou matéria expondo como o MI6 (agência de espionagem do Reino Unido) infiltrou espião na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para realizar operações que resultaram no aumento de sanções contra o Irã, a sua remoção do sistema internacional de pagamentos SWIFT e que prepararam o terreno contra o recente ataque criminoso perpetrado pelo imperialismo e por “Israel” contra o país.

As revelações feitas por The Grayzone têm como base documentos confidenciais vazados que foram revisados pelo portal. 

O espião que infiltrou a AIEA é Nicholas Langman, “um agente veterano” do MI6 que atuou em meio à imprensa britânica na época da morte da princesa Diana para desviar as acusações de envolvimento da inteligência britânica. Ele também liderou o sequestro e a tortura de 28 paquistaneses em Atenas, Grécia, por acusações infundadas de terem realizado os atentados de 7 de julho de 2005 em Londres, contra trens e ônibus.

Além disto, The Grayzone informa, citando o próprio Langman, que ele “trabalhou para impedir a proliferação de armas de destruição em massa por meio de… apoio à Agência Internacional de Energia Atômica [AIEA] e à Organização para a Proibição de Armas Químicas [OPAQ] e por meio de parcerias internacionais de alto nível”.

Em sua biografia, Langman diz ter tido papel central na organização de sanções aplicadas contra o Irã nos anos de 2010 a 2012, bem como no acordo nuclear que o imperialismo impôs sobre o país.

Detalhando sobre esse papel, The Grayzone informa que, de 2006 a 2008, Langman liderou o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, acrescentando que, da mesma forma que a CIA atua através das embaixadas dos Estados Unidos, as embaixadas britânicas servem de fachada para a atuação do MI6.

Nesta função, Langman buscou compreender o programa nuclear iraniano e, utilizando de seu conhecimento sobre o país, atuou perante agências de espionagem europeias, norte-americanas, de países do Oriente Médio e do Mossad (“Israel”) para atrasar o desenvolvimento do programa nuclear iraniano e pressionar o país a negociar.

The Grayzone relembra que, de 2010 a 2012, a política do imperialismo de sabotagem contra o programa nuclear iraniano se intensificou, com sanções mais severas, bem como assassinatos de cientistas nucleares iranianos, perpetrados pelo Mossad.

Ao relembrar isto, o portal de notícias informa que, em 2010, Langman, o espião do MI6, estava atuando no Centro de Contraproliferação do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido. Nesta função, ele influenciou a AIEA e outras entidades da ONU para fomentar hostilidade global contra o Irã.

Foi na mesma época que o Conselho de Segurança da ONU congelou ativos da Guarda Revolucionária do Irã. Da mesma forma, os Estados Unidos aplicaram sanções pesadas contra a Guarda, seguidas por demais países imperialistas.

Dois anos depois, a União Europeia excluiu bancos iranianos do sistema de pagamentos internacionais SWIFT e impôs sanções pesadas contra o Irã. Foi três anos depois, em 2015, que se deu a assinatura do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), acordo nuclear que o imperialismo impôs ao Irã para limitar o programa nuclear do país em troca de alívio das sanções, mas condicionado à fiscalização da AIEA.

No dia 12 de junho de 2025, o Irã, após operação de inteligência que coletou enorme quantidade de documentos e dados sigilosos de “Israel”, divulgou documentos comprovando que o chefe da AIEA agia a serviço da entidade sionista, fornecendo dados específicos sobre o programa nuclear iraniano, incluindo locais das instalações e dados detalhados de cientistas nucleares iranianos.

Um dia depois, “Israel” destacou a guerra contra o Irã, na qual, embora tenha sido derrotada, realizou vários bombardeios contra as instalações nucleares iranianas, bem como assassinou vários cientistas nucleares.

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