Em primeiro evento em São Paulo desde que foi condenado à prisão por contar piadas, humorista atraiu público de 720, lotando local em que show de humor foi realizado.
No último dia 19, o humorista Léo Lins realizou seu primeiro show de humor em São Paulo, capital, desde que foi condenado a 8 anos de prisão por contar piadas. Ele também foi condenado a pagar multa de quase 1,5 milhão de reais e indenização de mais de 300 mil reais.
Conforme noticiado pelo jornal golpista o Globo, Léo Lins lotou o espaço em que o evento foi realizado, o qual tem capacidade para 720 pessoas, informando que a fila para entrar no Teatro Gazeta, na Avenida Paulista, “chegava até a próxima esquina”.
O jornal ainda informa que o público de Lins está ainda mais fiel desde sua condenação. Citando depoimentos de pessoas que aguardavam o evento, e que nunca tinha comparecido a um show do humorista, o Globo informou que “a expectativa de uma possível prisão provocou uma espécie de corrida até o teatro de fãs que antes o conheciam somente pelas redes sociais”.
Tais fatos servem para demonstrar que a perseguição judicial a Léo Lins, condenado por contar piadas, surtiu o efeito contrário da política de censura: aumentou a popularidade do humorista.
Além disto, conforme informado pelo Globo, Lins, em seu novo show, manteve seu estilo de humor, considerado ofensivo para os identitários reacionários, estes que são correias de transmissão da política de censura do imperialismo.
Fazendo uma defesa tácita do identitarismo, o jornal golpista afirma que Leo Lins “gabarita o amplo leque de piadas inadequadas, ao atacar negros, deficientes, obesos e soropositivos, além de caçoar da pedofilia e do nazismo” e, no decorrer da matéria, cita várias das piadas feitas pelo humorista durante o show, como se fosse uma tentativa de justificar a perseguição do Judiciário a Lins e a condenação absurda imposta a ele.
No entanto, como o próprio jornal golpista constatou, a política repressiva da burguesia contra Lins, feita através do Judiciário, serviu apenas para aumentar a popularidade do humorista, bem como a desmoralizar a política identitária, que, por trás de uma suposta defesa de “minorias”, está política imperialista de acabar com a liberdade de expressão, censurando tudo e a todos.
O Globo ainda informa que Léo Lins, além de não recuar em seu estilo de humor, também incluiu o Judiciário e a sentença que o condenou como alvo de suas piadas, algo que mostra a desmoralização deste que é o principal órgão do aparato de repressão da burguesia, e de seus agentes, os juízes.
“A intenção de toda piada é fazer rir. Por isso, procuro não me importar que algumas figuras da Justiça me enxerguem como um criminoso. Prefiro enxergá-los como divulgadores do meu trabalho. Quanto mais tentam me calar, mais ouvido eu sou. Até surdo já me escuta”, disse o humorista em determinado momento de seu show.
O aumento da popularidade de Léo Lins após ter sido perseguido e condenado à prisão por contar piadas mostra que a política repressiva não só é inútil no combate à extrema-direita, mas também é um tiro no pé para a esquerda que apoia essa política, pois acaba ficando vinculada a ela, permitindo que a extrema-direita atraia o povo, pois este rejeita a censura e demais formas de repressão.




