Driss Mrani

Fundador e presidente do Movimento Progressista Marroquino, que visa promover princípios progressistas no Marrocos derrubando a monarquia totalitária que serve ao imperialismo e, então, estabelecer uma república democrática na qual todos os segmentos do povo marroquino participem sem descriminação

Coluna

Ataque de hackers argelinos mostra fraqueza digital do Marrocos

Ciberataque atinge agência de cartografia do Marrocos; grupo argelino "Jabarut" assume responsabilidade

O Marrocos foi alvo de mais um ataque cibernético contra uma de suas instituições estratégicas. O grupo de hackers chamado “Jabarut” – que se identifica como argelino – anunciou ter realizado um ataque massivo aos sistemas da Agência Nacional de Conservação Predial, Cadastro e Cartografia (ANCFCC).

Vazamento de documentos sensíveis, incluindo dados de altos funcionários

De acordo com o comunicado publicado pelo grupo em seu canal no aplicativo Telegram, mais de dez mil certificados de propriedade em formato PDF foram divulgados, juntamente com cerca de vinte mil outros documentos variados. Entre eles estão contratos de compra e venda, cópias de carteiras de identidade, passaportes, extratos bancários e registros de estado civil. Um dos arquivos divulgados conteria, segundo o grupo, documentos “altamente sensíveis” relacionados a figuras importantes do Estado marroquino.

Um dos nomes mencionados foi o de Mohamed Yassine Mansouri, diretor-geral da Direção-Geral de Estudos e Documentação (serviço de inteligência externa do Marrocos). O grupo afirma que ele teria gasto milhões de dirhams entre 2022 e 2023 e criado empresas em nome da própria filha.

Motivação política por trás do ataque

O grupo “Jabarut” justificou o ataque como uma resposta direta ao que chamou de “propaganda enganosa da mídia marroquina”, referindo-se a reportagens recentes que alegavam o congelamento de bens de autoridades argelinas pela França. Para os hackers, essas alegações representam uma “ingerência inaceitável nos assuntos da Argélia” e uma tentativa de manchar a imagem do país no cenário internacional.

Segundo ataque em menos de dois meses

Este é o segundo ciberataque atribuído ao grupo em menos de dois meses. Em abril, o mesmo grupo afirmou ter invadido o banco de dados da Caixa Nacional de Previdência Social do Marrocos (CNSS), vazando informações de mais de dois milhões de trabalhadores, incluindo dados pessoais, profissionais e folhas de pagamento.

Sistema digital da ANCFCC é suspenso

Como medida emergencial, a ANCFCC decidiu desligar completamente sua plataforma digital, solicitando que advogados, tabeliães, notários e demais usuários passem a utilizar exclusivamente procedimentos em papel, com atendimento presencial nas agências, até novo aviso.

Cresce a preocupação com a segurança digital no Marrocos

O incidente reacende preocupações sobre a fragilidade da infraestrutura cibernética de órgãos públicos marroquinos, especialmente diante do aumento de ataques com motivações políticas e estratégicas. Especialistas alertam para a necessidade urgente de reforço nas defesas digitais das instituições do país.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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