Guerra na Europa

Rússia e Ucrânia fecham acordo para grande troca de prisioneiros

Pelo menos mil homens serão libertados, por cada um dos países. Rússia irá entregar, unilateralmente, os corpos de 6 mil soldados ucranianos

Nesta segunda-feira (2), ocorreu a segunda rodada de conversações entre Rússia e Ucrânia, ocasião em que o chefe da delegação russa Vladimir Medinsky, informou que as partes concordaram com uma nova troca de prisioneiros. Medinsky declarou que pelo menos mil prisioneiros serão libertados, por cada uma dos países. Tais prisioneiros serão escolhidos entre os soldados menores de 25 anos e aqueles que estão gravemente feridos. Segundo a agência de notícias russa TASS, as trocas devem se tornar mais regular entre os dois países.

Medinsky ainda informou que entregará unilateralmente seis mil corpos congelados na próxima semana. O chefe da delegação russa propôs um cessar-fogo de 2 a 3 dias em determinados setores da frente de combate, para ser viabilizada a entrega dos corpos dos mortos.

Foi também discutida a questão das crianças separadas dos país. Durante a reunião, a Ucrânia entregou uma lista de 339 crianças, e a Rússia se comprometeu a analisar todos os casos, informando ainda que a Rússia já devolveu 101 crianças, enquanto a Ucrânia devolveu 20. Medinsky destacou que os militares russos se comportaram de forma responsável em relação às crianças, e que Quieve está preparando os noticiários sobre o assunto, para atrair os europeus mais fervorosos (isto é, fazer propaganda contra a Rússia).

Nesta segunda rodada de conversações, houve ainda troca de memorandos entre ambas as delegações. O chefe da delegação russa informou que o memorando russo é dividido em duas partes, e na segunda está prevista uma série de medidas para um cessar-fogo.

O documento foi divulgado, e dentre as propostas nele contidas, está a revindicação do reconhecimento internacional da Crimeia, Donbass e Novorossiya como parte da Rússia. Igualmente, está previsto que, em um acordo final que encerre a guerra, é necessário que se garanta todos os direitos, liberdades e interesses dos falantes de russo na Ucrânia, os quais passaram a ser perseguidos com o golpe de 2014 (Euromaidan).

Dentre as medidas para se alcançar isto, a Rússia propôs incluir a língua russa como uma das línguas oficiais da Ucrânia, bem como sejam criadas leis para proibir a glorificação ao nazismo e ao neonazismo. O golpe de 2014 foi feito com a participação fundamental de milícias nazistas, que depois foram incorporadas ao aparato de repressão e militar da Ucrânia.

O memorando também propõe como condição para o fim da guerra a neutralidade da Ucrânia, isto é, que o país não se junte a alianças e coalizões militares, bem como que se proíba que outros países realizem atividades militares no território do país eslavo, de quaisquer natureza que sejam (implantação de forças militares, bases e infraestrutura militar). No mesmo sentido, o memorando propõe que sejam estabelecidos limites para o efetivo das forças armadas ucranianas, assim como de suas armas e equipamentos militares.

Foram também feitas propostas para um cessar-fogo. Em uma delas, deve haver a retirada completa do exército ucraniano da RPD, da RPL e das regiões de Kherson e Zaporozhye. Um cessar-fogo de 30 dias seria estabelecido uma vez que fosse iniciada a retirada, a qual deveria ser concluída ao final deste prazo.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Georgy Tykhy, informou que Quieve estudará o documento e dará sua resposta. Conforme o chefe da delegação ucraniana, o ministro da Defesa Rustem Umerov levará uma semana para analisar o memorando. Finalmente, TASS informa que ele também propôs realizar uma nova reunião entre 20 e 30 de junho.

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