Oriente Médio

Cataebe Hesbolá alerta EUA contra adiar retirada do Iraque

"Nossa paciência não é infinita", adverte resistência iraquiana sobre permanência dos EUA no país

O dirigente de segurança da Cataebe Hesbolá no Iraque, Abu Ali al-Askari, emitiu nesta segunda-feira (2) um alerta contundente aos Estados Unidos, denunciando as manobras da potência imperialista para atrasar a retirada completa de suas tropas do território iraquiano.

Segundo al-Askari, a organização acompanha de perto o cronograma de saída das tropas de ocupação e espera a desocupação total de todos os postos militares, incluindo a base aérea de Ain al-Assad, o Campo Vitória e o Comando de Operações Conjuntas.

“Nossa paciência não é infinita”, declarou o dirigente, advertindo que, caso os EUA continuem com os “adiamentos e artifícios”, os combatentes da resistência estão prontos para impor “golpes severos” que obrigariam os militares norte-americanos a se retirarem “sob fogo”.

A advertência da Cataebe Hesbolá ocorre no momento em que os EUA e o governo iraquiano discutem a primeira etapa da retirada das tropas, prevista para setembro de 2025. No entanto, persiste entre as forças de resistência do país a desconfiança de que o plano anunciado seja apenas uma encenação, visando manter a presença militar estrangeira em pontos estratégicos do país.

A presença militar dos Estados Unidos no Iraque remonta à ocupação iniciada em 2003, sob o pretexto da “guerra contra o terrorismo”. Desde então, o exército imperialista tem operado sob a fachada da chamada “Operação Resolução Inerente”, mantendo duas grandes bases militares e um comando conjunto sob justificativas que não enganam a população iraquiana.

A Resistência denuncia que essas bases, longe de combater o chamado Estado Islâmico, funcionam como instrumentos de dominação e ingerência dos EUA sobre o Oriente Médio. Em janeiro de 2020, o parlamento iraquiano aprovou uma legislação que exige a retirada total de todas as forças estrangeiras do país, incluindo as estadunidenses.

O vice-presidente do parlamento iraquiano, Mohsen al-Mandalawi, reiterou recentemente que a decisão legislativa é irrevogável e conta com amplo apoio popular. Ele exigiu do governo iraquiano o cumprimento da lei, além de defender o fortalecimento das forças de segurança nacionais como alternativa à ocupação estrangeira.

A Cataebe Hesbolá, organização integrante da Frente de Resistência Islâmica, reafirma com sua declaração que o povo iraquiano não aceitará mais ocupações camufladas de “cooperação militar”. A saída imediata e incondicional das tropas estrangeiras permanece como exigência inegociável das forças patrióticas do país.

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