Alunos do Centro Educacional 308, escola cívico-militar no Distrito Federal, denunciaram na última terça-feira (25) agressões físicas e psicológicas por militares responsáveis pela disciplina. Trinta denúncias relatam tapas, humilhações e castigos como flexões sob o sol. O Ministério Público do DF abriu investigação, e o governo local afastou três militares.
Os estudantes, de 12 a 17 anos, descreveram um ambiente de medo. Um aluno de 15 anos disse ao g1: “fui obrigado a fazer 50 flexões por chegar atrasado, mesmo com problema de saúde”. Uma estudante de 16 anos relatou: “eles nos chamam de inúteis e ameaçam com castigos físicos”. A escola, sob gestão militar desde 2020, segue o modelo cívico-militar do governo federal, adotado por 200 escolas no Brasil, segundo o Ministério da Educação.
A investigação do Ministério Público busca apurar responsabilidades. Em 2024, 15 escolas cívico-militares enfrentaram denúncias de violência, segundo o Observatório Nacional de Direitos Humanos. Os alunos devem se mobilizar com a comunidade escolar para acabar com a militarização e garantir uma educação gerida por professores e estudantes.




