O canal Public News, publicou uma matéria na segunda-feira (26), mostrando a escalada da censura na União Europeia (EU). O órgão denuncia que três jornalistas foram banidos seus próprios países, estando também privados de acessar suas contas bancárias, em um claro ataque aos direitos democráticos da população europeia.
A UE os acusa de “disseminar propaganda pró-Rússia”, “minar ou ameaçar a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia” e “desestabilizar” os países da UE por meio de suas reportagens. Os três jornalistas são os alemães Alina Lipp e Thomas Röper, e o turco radicado na Alemanha Hüseyin Doğru. Segundo o Public News:
“Desafiar a narrativa da UE-OTAN sobre a guerra na Ucrânia ou sobre o genocídio em Gaza é agora efetivamente tratado como um ato quase criminoso de traição, de fato, que justifica punições extrajudiciais na forma de proibições de viagens e congelamento de bens, é nada menos que assustador.”
O próprio sítio do Conselho da União Europeia admitiu o crime em uma publicação do dia 20 de maio de 2025. “O Conselho decidiu hoje impor medidas restritivas adicionais contra 21 pessoas e seis entidades responsáveis pelas ações desestabilizadoras da Rússia no estrangeiro.” – informa, afirmando ainda que:
“As pessoas e entidades hoje designadas estarão sujeitas ao congelamento de bens e os cidadãos e as empresas da UE ficarão ainda proibidos de disponibilizar fundos às pessoas e entidades designadas. Além disso, as pessoas singulares ficarão também sujeitas a uma proibição de viajar, o que as impedirá de entrar no território da UE ou de por ele transitar.”
Essa medidas restritivas contra o que chamam “ações desestabilizadoras da Rússia no estrangeiro” foram estabelecidas em 8 de outubro de 2024. Em 16 de dezembro de 2024, o Conselho impôs medidas restritivas contra 16 pessoas e três entidades responsáveis por essas tais ações. Essa foi a primeira vez que tais medidas foram colocadas em prática.
A Public News ainda informa que tal decisão contra os três jornalistas não tiveram julgamento ou qualquer decisão judicial o que torna toda a situação ainda mais escabrosa, mostrando claramente que a ditadura na União Europeia contra todos aqueles que denunciam seus crimes de guerra estão sujeitos a total repressão:
“As implicações éticas e jurídicas são impressionantes: dois cidadãos da UE foram efetivamente privados de suas liberdades civis básicas — exilados de praticamente todo o continente europeu e submetidos a estrangulamento financeiro — por meio de um simples ato burocrático, sem julgamento ou decisão judicial. Trata-se de uma punição sem processo, imposta por uma elite irresponsável e descontrolada, em desacordo com os princípios mais básicos do Estado de Direito.”
Temos que levar em consideração que este é o método de atuação do imperialismo neste momento de crise aguda. Está tentando de todas as formas esconderem os crimes de guerra que estão cometendo, principalmente contra a Rússia e na Faixa de Gaza.
Esse tipo de medida faz parte da escalada ditatorial desse setor da burguesia, indicando também qual a origem do verdadeiro fascismo que vai rapidamente devorando os regimes políticos imperialistas. O caso dos três jornalistas é escandaloso e até mesmo pessoas que tentarem ajudá-los financeiramente podem ser perseguidos, mostrando que o imperialismo está disposto a liquidar seus próprios cidadãos para tentar manter seu poder sobre os países oprimidos.





