Câmeras de segurança instaladas em comércios do centro de São Paulo registraram, na última semana de maio de 2025, agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) agredindo moradores de rua e usuários de drogas na região da Cracolândia. As imagens, divulgadas pelo programa da Rede Globo Profissão Repórter, mostram abordagens violentas dias antes de uma operação de esvaziamento da área. O caso expõe a brutalidade das forças de segurança municipais, que atuam como organizações criminosas contra os mais vulneráveis.
O comerciante Valdeíso de Lima, dono de uma das câmeras, denunciou as agressões: “os guardas civis metropolitanos agridem com murros, com cacetetes. Eles são extremamente agressivos aqui no Centro de São Paulo”. Ele relatou ter sido atacado por um agente após filmar uma abordagem violenta: “em frente a um dos meus comércios, eles me agrediram porque eu estava filmando um deles agredindo um usuário do outro lado da rua”. Em vídeo da reportagem do programa global, o diálogo entre Valdeíso e o agente é audível: “você está filmando a gente ali?”, questiona o GCM, seguido por “pega o seu documento. Passa aqui”.
Após Valdeíso recusar, um barulho indica a agressão, e a gravação é interrompida. Ele questionou: “amiga protetora de quem? Se você é protetor, por que vai agredir? Seja usuário ou morador, por que está agredindo? Você se acha acima da lei?” Um usuário da região, não identificado, relatou também: “me deu um murro na cara e falou que, se me pegar aqui no Centro, vão quebrar minhas pernas”.
Relatórios da Ouvidoria da GCM, obtidos em 2024, indicam que denúncias de violência por agentes cresceram 22% nos últimos dois anos, com 70% das vítimas sendo pessoas em situação de vulnerabilidade. A Cracolândia, alvo frequente de operações repressivas, registrou 15 ações policiais em 2024, segundo a Defensoria Pública, muitas marcadas por abusos.
As agressões revelam a verdadeira face da GCM e das polícias brasileiras, dedicadas a reprimir de maneira bárbara os mais pobres. A extinção completa da GCM e de todas as polícias é a única solução para acabar com esse ciclo de brutalidade e garantir a segurança da população.
