Ásia

Índia lança operação contra Paquistão, que retalia

Ministério da Defesa afirmou que locais ligados a “terroristas” no território paquistanês foram atingidos

Nesta terça-feira (6), o exército da Índia lançou uma série de ataques aéreos contra o Paquistão e a região da Caxemira controlada pelo Paquistão. Em nota oficial, o Ministério da Defesa indiano informou que a Operação Sindoor (em português, pó de kumkum, substância avermelhada tradicionalmente utilizada no país) teve como alvo nove locais ligados aos “terroristas” que assassinaram 26 pessoas no episódio conhecido como Ataque Terrorista de Pahalgam.

“Um total de nove (9) locais foi precisamente atingido. Nossas operações foram deliberadas, comedidas e não escalatórias. Nenhuma instalação militar paquistanesa foi atacada. A Índia exerceu significativa moderação tanto na escolha dos alvos quanto na forma de execução. Essas ações ocorrem após o hediondo ataque terrorista em Pahalgam, que tirou a vida de 25 cidadãos indianos e um cidadão nepalês. Continuamos firmemente comprometidos em responsabilizar os autores. Um informe detalhado sobre a ‘OPERAÇÃO SINDOOR’ será fornecido ainda hoje”, afirmou a pasta em nota oficial.

Começaram a circular vídeos nas redes sociais, em especial, no X, do momento dos ataques:

Resposta do Paquistão

Segundo a imprensa paquistanesa, o Relações Públicas Interserviços (RPI), departamento de imprensa do exército do Paquistão, caracterizou o ataque indiano como “vergonhoso”. O país asiático ainda afirmou que os danos do ataque da Índia ainda estão sendo estimados e que a ofensiva será respondida a qualquer momento.

Ainda segundo a imprensa do Paquistão, os ataques indianos atingiram áreas civis, contrariando a declaração do Ministério da Defesa da Índia. O RPI alega que um dos mísseis foi lançado contra a Mesquita Subhan Allah, em Ahmedpur Sharqia Bahawalpur, resultando na morte de civis que estavam no local. Além disso, o departamento de imprensa afirma que cinco locais foram atacados: Kotli, Agmedpur Sharqia, Muzaffarabad, Bagh e Muridke.

Logo após o ataque, o ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Asif, afirmou que “o inimigo covarde atacou por trás. A índia atacou a população civil”. O chefe da pasta informou que o país responderá com mais força do que foi atacado. Devido à ofensiva indiana, o espaço aéreo paquistanês foi fechado por 48 horas e todos os voos do Aeroporto Internacional de Islamabade foram cancelados.

Duas aeronaves indianas derrubadas

Citando “fontes de segurança”, a imprensa paquistanesa dá conta de que a Força Aérea Paquistanesa abateu duas aeronaves da Índia, incluindo um jato Rafale. Uma das aeronaves teria caído na região de Bhatinda e a outra na área de Akhnoor, ambas do lado indiano da fronteira.

O exército paquistanês também teria destruído o quartel-general de uma brigada indiana em resposta ao ataque, afirmando que “as forças armadas paquistanesas estão dando uma resposta adequada à agressão inimiga”. Publicado pelo jornal paquistanês PTV News em sua conta oficial no X, o vídeo abaixo supostamente mostra o quartel-general indiano atacado pelo Paquistão:

 

Além disso, no setor de Budori, ao longo da Linha de Controle (LoC), dezenas de soldados indianos abandonaram cerca de 50 posições de combate após investida paquistanesa. A artilharia do Exército do Paquistão seguiu disparando contra os militares em retirada, e há relatos de numerosas baixas entre as tropas inimigas.

Em outro ponto de confronto, no setor de Peer Kanthi, mais 40 postos do Exército indiano foram deixados para trás, o que também teria resultado em mortes entre os militares do país vizinho.

Trump comenta

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, estava em coletiva de imprensa quando foi informado sobre os ataques da Índia. O presidente norte-americano disse esperar que a escalada acabe rapidamente.

“É uma pena. Acabamos de ouvir sobre isso quando estávamos entrando no [Salão] Oval. Acabamos de ouvir sobre isso. Acho que as pessoas sabiam que algo ia acontecer com base em um pouco do passado. Eles [Paquistão e Índia] vêm lutando há muito tempo. Eles vêm lutando há muitas, muitas décadas. E séculos, na verdade, se você pensar bem. Espero que acabe muito rápido”, disse o republicano.

O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos para o exército indiano afirmou que estão “cientes da situação”. “No entanto, não temos nenhuma avaliação a oferecer no momento. Esta continua sendo uma situação em evolução, e estamos monitorando de perto os desenvolvimentos”, afirmou.

Primeiro-ministro do Paquistão emite comunicado

Em nota publicada no X, Shehbaz Sharif, primeiro-ministro do Paquistão, comentou os ataques:

“O inimigo traiçoeiro realizou ataques covardes em cinco locais do Paquistão. O Paquistão tem pleno direito de responder com firmeza ao ato de guerra imposto pela Índia — e está dando uma resposta à altura. Toda a nação está ao lado das Forças Armadas do Paquistão, e o moral e o espírito do povo paquistanês estão elevados. O povo do Paquistão e suas Forças Armadas sabem lidar com o inimigo com plena competência. Jamais permitiremos que o inimigo alcance seus objetivos nefastos.”

O ministro das Relações Exteriores e vice-primeiro-ministro, Ishaq Dar, também publicou um comunicado:

“O Paquistão condena veementemente a agressão da Índia, que constitui uma violação flagrante da soberania do Paquistão, da Carta da ONU e do direito internacional. Isso põe em risco a paz regional. O Paquistão reserva-se o direito de responder, conforme o Artigo 51 da Carta da ONU. Protegeremos nossa soberania e integridade territorial por todos os meios.”

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