Na última sexta-feira (11), o Exército da Arábia Saudita disparou uma série de projéteis de artilharia contra vilarejos na província de Sada, noroeste do Iêmen, marcando o segundo ataque do tipo nesta semana. Os bombardeios atingiram áreas próximas à fronteira, em um momento de intensificação dos ataques dos EUA contra o país.
Informações preliminares apontam danos materiais em várias localidades, mas o número de vítimas ainda não foi divulgado pelas autoridades locais. Sada é um dos principais alvos da coalizão liderada pelo governo saudita desde o início da guerra no Iêmen, em 2015.
Controlada pelo partido Ansar Alá, a região enfrenta bombardeios frequentes que já devastaram infraestrutura e deslocaram populações. Segundo o Yemen Data Project, apenas em 2023, a província registrou 45 ataques confirmados, com um saldo de centenas de mortos e feridos. A ONU estima que o conflito no Iêmen, até o final de 2024, tenha causado mais de 377 mil mortes, entre vítimas diretas e indiretas, como fome e doenças.
A ofensiva saudita coincide com a escalada militar americana, que na última quarta-feira (9) realizou ataques aéreos contra posições iemenitas, em resposta a operações do Ansar Alá no Mar Vermelho. O governo saudita, aliado dos EUA e do enclave imperialista na região, mantém uma campanha de bombardeios que já deslocou 4 milhões de pessoas, conforme dados da UNHCR. Os ataques em Sada reforçam a pressão sobre os vilarejos fronteiriços, onde a população vive sob constante ameaça.
