Na última quarta-feira (9), o Hamas (principal partido da Palestina) entrou com uma ação judicial no Reino Unido para anular sua designação como “organização terrorista”. Liderada pelo chefe de relações internacionais do grupo Mousa Abu Marzouk, a apelação ao Ministério do Interior britânico argumenta que o Hamas é um movimento legítimo de resistência contra a ocupação de “Israel” e não representa nenhuma ameaça aos demais países do mundo.
O caso, registrado como Harakat Al-Muqawamah Al-Islmiyyah (Hamas) v. SSHD, é conduzido pela Riverway Law, de Londres. Marzouk declarou: “não lutamos contra judeus, mas contra o regime sionista, uma entidade ilegítima na Palestina”.
Ele defendeu a Operação Al-Aqsa, de outubro de 2023, como ataque militar ao comando sul da ditadura sionista, não contra civis, e comparou o Hamas a movimentos como o ANC sul-africano. O dirigente também criticou o Reino Unido por apoiar o sionismo desde 1948, chamando-o de “projeto colonial”. Os advogados afirmam que o rótulo britânico viola o direito internacional e reprime a liberdade de expressão, destacando que o Hamas é a principal força na luta contra o “genocídio” em Gaza.
O Reino Unido classificou o braço militar do Hamas, as Brigadas Al-Qassam, como terrorista em 2001, estendendo a proibição ao partido no mesmo ano. O britânico Home Office justificou que o grupo é uma “entidade terrorista unificada”.
Partido eleito para ocupar a esmagadora maioria dos assentos no Parlamento palestino, o Hamas luta pela soberania palestina com Al-Quds (Jerusalém) como capital. A ministra Yvette Cooper tem 90 dias para responder; se negado, o caso vai a tribunal.





