O líder da oposição de “Israel” Yair Lapid, acusou o governo de Benjamin Netaniahu de planejar um ataque ao sistema judiciário após tumultos na Suprema Corte na última segunda-feira (7). Durante uma sessão que impediu, por ora, a demissão do chefe do Shin Bet, manifestantes interromperam o tribunal e foram expulsos.
“Passou-se um dia e nenhum membro do governo falou contra o tumulto”, disse Lapid no X. “Não houve uma única condenação, crítica ou palavra. Por quê? Porque eles planejaram isso. Porque são anarquistas. Porque esse governo quer desmantelar o país”.
O incidente reflete a crise política na ditadura sionista “Israel”. Em 2023, Netaniahu tentou reformar o judiciário, reduzindo o poder da Suprema Corte, o que gerou protestos massivos.
Segundo o jornal israelense Haaretz, 62% dos israelenses rejeitaram a medida em pesquisa de março de 2024. O Shin Bet, responsável pela segurança interna, está sob pressão desde o sucesso da ação revolucionária do Hamas para libertar companheiros preses em outubro de 2023, que resultaram ainda na morte de cerca de 1.200 pessoas, a maioria, pela própria ditadura sionista. A decisão judicial de segunda-feira foi divulgada como um revés para Netaniahu, cuja coalizão inclui partidos ultranacionalistas.
Do partido Yesh Atid, Lapid lidera a oposição desde 2022. Ele acusa o premiê de minar o regime político para se manter no poder, em meio a processos por corrupção abertos em 2019. A tensão política soma-se à guerra em Gaza, que deixou 41 mil mortos até março de 2025, segundo o Ministério da Saúde palestino.




