A Lei Orçamentária Anual (LOA) foi aprovada no último 20 de março, porém os acordos de greve ainda não foram cumpridos, tornando necessária uma intensa mobilização para que os reajustes pleiteados e demais reivindicações sejam atendidos. O governo de coalizão está tensionado pelas forças políticas que o elegeram: de um lado, o sistema bancário faz força exigindo o pagamento integral dos juros da dívida pública; por outro, temos os trabalhadores reivindicando aquilo que foi prometido em campanha.
Foi feito um refinanciamento da dívida pública que, neste ano, representou quase 30% do orçamento federal, ao passo que, na educação, houve um corte significativo diante da contingência de gastos para essa área durante os últimos anos.
Enquanto a sociedade entra em caos urbano, os banqueiros fazem farra e fazem guerra com o dinheiro brasileiro.
Diante dessa situação, a tendência geral é de abrir fogo para a greve nacional, pois assistimos, atentos e espantados, às universidades serem desmanteladas pela falta de recursos. E o pouco recurso que entra é desviado por ONGs e instituições privadas que terceirizam os serviços — oportunistas que fazem um péssimo trabalho nos órgãos públicos, deixando de pagar salários de funcionários, entre outros crimes cometidos.
Apesar de estarmos diante de um dos piores ambientes de trabalho na atualidade, com falta de equipamentos básicos de segurança, a federação insistiu em capitular diante da proposta de luta que era a greve. A orientação geral dada foi para votação do estado de greve. Trata-se de uma manobra que, na prática, significa recuar diante da falta de capacidade de negociar.
A categoria precisa se mobilizar para a greve, exigindo as 30 horas, o RSC, o reposicionamento dos aposentados, os reajustes salariais e o cumprimento imediato da regularização dos equipamentos de segurança no trabalho.
