Editorial

Governo será capaz de mudar de rumo?

Insatisfação com o governo Lula atinge novo recorde

lula

A desaprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu mais um patamar recorde, chegando a um total de 56% dos eleitores brasileiros, segundo a mais recente pesquisa da Genial/Quaest divulgada nessa quarta-feira (2). Este é o pior índice desde o início de seu mandato e marca a primeira vez que a desaprovação ultrapassa a marca de 50%. Ao mesmo tempo, a aprovação do presidente caiu para 41%, o menor nível registrado até o momento.

De acordo com os números da pesquisa, a aprovação de Lula passou de 47% em janeiro para 41%, enquanto a desaprovação saltou de 49% para 56%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança da pesquisa é de 95%.

A pesquisa revela que a popularidade de Lula caiu em várias bases eleitorais que tradicionalmente o apoiavam. Entre as mulheres, a desaprovação superou a aprovação pela primeira vez, com 53% de desaprovação e 43% de aprovação, uma variação de seis pontos para mais em relação a janeiro. Entre os homens, 59% desaprovam o governo, enquanto 39% aprovam.

Na faixa etária dos jovens de 16 a 34 anos, a desaprovação cresceu 12 pontos, alcançando 64%, enquanto a aprovação caiu para 33%. Já na faixa de 35 a 59 anos, a aprovação se manteve relativamente estável, com 54% de aprovação, enquanto 44% desaprovam.

A pesquisa também aponta um crescimento da desaprovação nas regiões do Brasil. No Sudeste, a desaprovação subiu para 60% (eram 53% em janeiro), enquanto a aprovação caiu para 37% (eram 42%). No Sul, a desaprovação alcançou 64%, um aumento de 5 pontos em relação à pesquisa anterior, enquanto a aprovação ficou em 34%. No Nordeste, a aprovação e desaprovação se empataram tecnicamente, com 52% de aprovação e 46% de desaprovação.

Ainda que qualquer pesquisa formulada pelos institutos da burguesia sejam suspeitas, os índices apresentados são verossímeis, pois condizem com a situação em que o País se encontra. No mês de março, por exemplo, as forças governistas organizaram um ato na Avenida Paulista pedindo a prisão de Jair Bolsonaro (PL) que foi pelo menos três vezes menor que o ato convocado pelo líder da extrema direita, segundo levantamento da Universidade de São Paulo (USP).

Mais significativo ainda são os dados econômicos. O preço dos alimentos segue cada vez mais fora de controle, o que fez com que o próprio governo reconhecesse o fracasso de sua política e tomasse algumas iniciativas. A economia vai mal e o povo brasileiro percebe isso com clareza.

Resta saber se a direção do Partido dos Trabalhadores (PT) será capaz de agir diante da notícia de que o governo está tendo a sua popularidade derretida a cada semana que passa. Infelizmente, não há indícios ainda de que vá acontecer alguma mudança.

É preciso uma alteração de rumo completa. É preciso romper com a política econômica responsável por fazer as famílias passarem fome. Isto é, é preciso demitir Fernando Haddad e toda a sua equipe econômica. É preciso demitir Marina Silva e os sabotadores do desenvolvimento nacional. É preciso denunciar o banqueiro Gabriel Galípolo. É preciso, por fim, um conjunto de medidas de impacto, que favoreçam uma melhora de vida real para os trabalhadores.

Se isso não for feito, o governo irá se desmoralizar cada vez mais. Diante das proximidades das eleições de 2026, isso poderá terminar em desastre.

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