Oriente Médio

EUA anunciam novas sanções contra Irã por programa de drones

As sanções são as segundas contra o Irã em 2025, seguem a política de “pressão máxima” ordenada pelo presidente Donald Trump em fevereiro

O governo dos Estados Unidos impôs na última terça-feira (25) novas sanções a três indivíduos e seis empresas acusados de envolvimento no programa de drones do Irã, informou o Departamento do Tesouro em comunicado. A medida, coordenada com o Departamento de Justiça, mira Reza Amidi, Hossein Akbari e Abbas Yousefnejad, ligados à empresa iraniana Rah Roshd, além de quatro entidades nos Emirados Árabes Unidos e uma na China, supostamente fornecedoras de componentes para veículos aéreos não tripulados. Akbari e Amidi também enfrentam acusações criminais em Nova York.
As sanções, as segundas contra o Irã em 2025, seguem a política de “pressão máxima” ordenada pelo presidente Donald Trump em fevereiro, visando forçar Teerã a alterar suas estratégias militares. Washington e aliados ocidentais alegam que os drones iranianos são fornecidos à Rússia para a guerra na Ucrânia, acusação negada por autoridades iranianas, que também minimizam o impacto das sanções. Desde 2017, quando Trump abandonou o acordo nuclear, os EUA já aplicaram mais de 50 rodadas de sanções contra o Irã, focando principalmente no comércio de petróleo, segundo o Tesouro.
Dados da Agência Internacional de Energia (AIE) mostram que, apesar das restrições, o Irã exportou 1,4 milhão de barris de petróleo por dia em 2024, sobretudo para a China. O programa de drones, iniciado nos anos 1980, produziu modelos como o Shahed-136, usado em conflitos regionais, conforme relatório do Instituto de Estudos de Paz de Estocolmo (SIPRI).

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