Estados Unidos

Memorando do Pentágono mantém China como principal inimigo

Documento estabeleceria como prioridade para imperialismo norte-americano impedir que China recupere Taiuã, segundo matéria do jornal Washington Post

Neste domingo (30), o jornal norte-americano The Washington Post noticiou que Peter Hegseth, Secretário de Defesa dos EUA (Chefe do Pentágono), teria expedido um memorando interno para oriente a atividade do órgão, priorizando a China como principal inimigo externo dos EUA.

Segundo o jornal imperialista, o memorando estabelece com uma das prioridades dos Estados Unidos impedir que a China recupere Taiuã, ilha costeira que lhe foi roubada pelos EUA quando da vitória da Revolução Chinesa. Hegesth também teria determinado, no memorando, “a execução da visão do presidente Donald Trump de se preparar e vencer uma guerra potencial contra Pequim”.

O jornal diz que “o primeiro governo Trump e o governo Biden caracterizaram a China como a maior ameaça aos EUA e posicionaram a força para se preparar e dissuadir o conflito na região do Pacífico”, no entanto, logo em seguida, destaca que “a orientação de Hegseth é extraordinária em sua descrição da potencial invasão de Taiwan como o cenário animador exclusivo que deve ser priorizado sobre outros perigos potenciais — reorientando a vasta arquitetura militar dos EUA em direção à região Indo-Pacífico além de sua missão de defesa nacional”.

No memorando também constaria que os EUA irá “‘assumirá riscos em outros teatros’, dadas as restrições de pessoal e recursos”, acrescentando que “pressionará os aliados na Europa, Oriente Médio e Leste Asiático a gastar mais em defesa para assumir a maior parte do papel de dissuasão contra ameaças da Rússia, Coreia do Norte e Irã”.

Orientação também teria sido dada para “defender os Estados Unidos de ameaças no ‘estrangeiro próximo’, incluindo a Groenlândia e o Canal do Panamá”, conforme Washington Post.

O documento, que intitulado Orientação Estratégica Provisória de Defesa Nacional teria sido distribuído por todo o Departamento de Defesa em meados desde mês de março e, conforme o jornal norte-americano, “traz as impressões digitais” do documento Project 2025, elaborado pela “Heritage Foundation incluindo algumas passagens que são quase duplicações palavra por palavra do texto publicado pelo think tank no ano passado”.

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