‘Israel’

Investigação revela novas atrocidades nas prisões israelenses

Diariamente, palestinos são atacados, torturados e estuprados nas masmorras sionistas

Uma apuração do jornal britânico The Independent revelou denúncias de abusos cometidos contra palestinos sob custódia de autoridades israelenses. Os relatos incluem tortura, estupro, negligência médica e mortes em decorrência de agressões nas prisões e centros de detenção.

Entre os casos citados, uma acusação formal do Exército de “Israel” relata que cinco soldados da reserva espancaram, eletrocutaram e estupraram um detento palestino em uma base militar. A vítima foi hospitalizada com pulmão perfurado, costelas fraturadas e lesões internas. Não havia nenhuma acusação formal contra ele.

A Organização das Nações Unidas afirmou que forças israelenses utilizaram a violência sexual como “método de guerra”. Segundo a ONU, os atos ocorreram sob ordens explícitas ou com incentivo implícito da cúpula civil e militar de “Israel”. O governo israelense recusou-se a cooperar com a investigação internacional.

Desde outubro de 2023, houve aumento no número de palestinos detidos, que chegou a cerca de 10 mil. Boa parte está sob detenção administrativa, sem acusação formal, julgamento ou acesso a provas. Alguns foram libertados e, posteriormente, presos novamente.

Relatórios de autópsias obtidos pelo Independent indicam sinais de espancamento. Um detento que morreu na prisão de Megido, em novembro de 2023, apresentava costelas quebradas e hemorragia interna. Outro, morto em dezembro de 2024 na prisão de Kishon, sofreu sangramento cerebral associado ao uso excessivo de algemas. Um médico que realizou autópsias a pedido de famílias palestinas descreveu ferimentos como órgãos lacerados, fraturas e traumas contundentes.

A base militar de Sde Teiman e o centro de detenção da prisão de Ofer concentram as principais denúncias. Um agente israelense relatou ter sido instruído a usar violência contra palestinos detidos. Segundo ele, ao questionar os maus-tratos, ouviu: “Cale a boca, esquerdista, esses são de Gaza, são terroristas, qual o seu problema?”.

Presos relataram agressões físicas, choques elétricos, ataques com cães e privação sensorial. Uma sala era chamada de “discoteca”, onde sons altos de música eletrônica eram reproduzidos por horas seguidas antes dos interrogatórios. Um dos relatos descreve perda auditiva após choques elétricos, com sangramento pelos ouvidos.

A investigação também relata casos de omissão de socorro. Um palestino de 20 anos com doença crônica morreu por falta de tratamento. Em outro caso, o cirurgião Adnan al-Bursh, preso em abril de 2024, morreu na prisão de Ofer. Segundo relatos de outros presos, ele perdeu mais de 30 quilos e recebia pouca alimentação.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou que está sem acesso a presos palestinos desde o início da guerra contra Gaza, situação que classificou como inédita nas últimas décadas. Estima-se que 5 mil pessoas estejam sob detenção administrativa. Há ainda relatos de menores sendo levados a audiências por videoconferência sem representação legal.

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