Na última terça-feira (18), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) concedeu uma entrevista à CNN Brasil, revelando que solicitará asilo político nos Estados Unidos e não tem planos de retornar ao Brasil no curto prazo. Ele informou que não possui passagem de volta e que se licenciará do mandato parlamentar, alegando ser alvo de perseguição política no País. A decisão, segundo ele, é uma resposta direta às ações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a quem acusa de liderar um cerco contra a direita brasileira.
Eduardo declarou que o Brasil vive um momento de ruptura democrática, destacando a perda de garantias como a imunidade parlamentar. “Como pode um deputado ter o passaporte tomado por suas opiniões? Isso é inadmissível em uma democracia”, afirmou. Ele também expressou preocupação com possíveis represálias, como o bloqueio de suas contas bancárias ou um pedido de extradição. “Moraes pode tentar cancelar meu passaporte e me extraditar, o que não é normal num país democrático”, disse, justificando sua saída como uma forma de continuar representando seus eleitores fora do “controle” do STF.
A tensão envolvendo o deputado se intensificou após uma representação criminal apresentada em fevereiro pelos deputados petistas Lindbergh Farias (RJ) e Rogério Correia (MG) ao procurador-geral da República Paulo Gonet, pedindo medidas como a retenção de seu passaporte por suposta conspiração contra instituições brasileiras desde os EUA. Apesar de sua postura direitista, as denúncias de Eduardo sobre perseguição encontram respaldo em ações judiciais que têm limitado direitos de parlamentares oposicionistas.
