O Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos de “Israel”, que reúne familiares daqueles que foram feitos prisioneiros pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) em sua luta contra a limpeza étnica na Palestina, declarou que seu maior medo se concretizou com a retomada da guerra na Faixa de Gaza. Segundo a organização, o governo de “Israel” optou por abandonar os prisioneiros e deliberadamente destruiu o processo de sua libertação negociada, que havia sido estabelecida por meio do acordo de cessar-fogo entre o Hamas e a entidade sionista.
“As famílias estão chocadas, furiosas e apreensivas com essa decisão”, afirmou o Fórum. O grupo alertou que a volta à guerra genocida na Faixa de Gaza colocará em risco a vida dos 59 prisioneiros que ainda estão em Gaza e que poderiam ser salvos.
Segundo a declaração, o governo se recusou a declarar o fim da guerra para avançar nas negociações e resgatar todos os prisioneiros. “A alegação de que a retomada dos combates ajudará a libertação dos reféns é uma farsa – a pressão militar ameaça tanto reféns quanto soldados”, disse o comunicado.
O Fórum exigiu a retomada do cessar-fogo e cobrou respostas do governo: “por que não estão lutando na mesa de negociações? Por que desistiram do acordo que poderia trazer todos para casa? Não haverá segurança, vitória ou redenção enquanto o último refém não voltar”.
O grupo também pediu uma reunião imediata com o primeiro-ministro, Benjamin Netaniahu, o ministro da Defesa, Joave Galante, e o chefe da equipe de negociações para esclarecer como pretendem garantir a segurança dos prisioneiros diante da ofensiva militar.
Em contraposição, as famílias do Fórum Tikvá (Esperança), outra organização de parentes dos prisioneiros, manifestaram apoio à retomada da guerra. Elas saudaram o governo e as Forças Armadas de “Israel”, afirmando que a intensificação da ofensiva contra Gaza poderá resultar na libertação de todos os reféns de uma só vez.