Na manhã desta terça-feira (18), de acordo com o horário de Brasília, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) publicou quatro comunicados acerca da quebra unilateral do acordo de cessar-fogo por parte do Estado terrorista de “Israel”.
A primeira nota denuncia que “o ocupante israelense rompeu o acordo de cessar-fogo, fugindo de seus compromissos e continuando a cometer massacres contra nosso povo em Gaza, sob um vergonhoso silêncio internacional”. Segundo o Hamas, as alegações de que a Resistência estaria preparando um ataque não passam de “pretextos frágeis” para justificar a retomada da guerra. O comunicado atribui diretamente a Benjamin Netaniahu a decisão de escalar o conflito, afirmando que o premiê “preferiu reacender a guerra às custas do sangue do nosso povo” para escapar de suas crises internas.
A segunda nota aborda o envolvimento direto dos Estados Unidos na ofensiva, citando a confissão de que ao governo norte-americano foi informado previamente do ataque israelense. Para o Hamas, esse reconhecimento “confirma sua parceria direta na guerra de extermínio contra nosso povo” e expõe “o comprometimento escancarado dos Estados Unidos com a ocupação”. A declaração acusa Washington (capital dos Estados Unidos) de armar militarmente o regime sionista e exige que a comunidade internacional responsabilize os envolvidos pelos crimes cometidos.
Na terceira nota, o movimento convoca os palestinos da Cisjordânia a se mobilizarem em resposta à ofensiva, pedindo “uma revolta de fúria e resistência” contra o retorno da guerra total a Gaza. O líder do Hamas, Abdul Rahman Shadid, exorta a população a realizar manifestações, atos de solidariedade e “intensificar o enfrentamento em todos os pontos”. O comunicado também pede que a resistência armada na Cisjordânia amplie suas operações contra o exército e os colonos israelenses.
Por fim, a última nota lamenta a morte de combatentes destacados do Hamas em bombardeios israelenses. O comunicado menciona nomes como Issam al-Da’alis, chefe do governo em Gaza, e Yasser Harb, membro do birô político da organização, além de outros altos dirigentes e oficiais. A nota enfatiza que esses assassinatos “não permitirão ao inimigo atingir seus objetivos” e que o povo palestino seguirá “cada vez mais forte e coeso em sua luta”. O Hamas afirma que os mortos tombaram “no caminho da libertação da terra e dos lugares sagrados” e reitera que sua Resistência continuará.
“Comunicado à Imprensa
O Hamas afirma que a ocupação israelense rompeu o acordo de cessar-fogo, fugindo de seus compromissos e continuando a cometer massacres contra nosso povo em Gaza, sob um vergonhoso silêncio internacional.
As alegações da ocupação sobre supostos preparativos da resistência para atacar suas forças são completamente infundadas. São apenas pretextos frágeis para justificar o retorno à guerra e a escalada de sua agressão sanguinária.
A ocupação tenta enganar a opinião pública e criar justificativas falsas para encobrir sua decisão prévia de retomar o genocídio contra civis desarmados, sem considerar os compromissos que assumiu.
O Hamas manteve-se fiel ao acordo até o último momento e se empenhou para que ele continuasse. No entanto, Netaniahu, em busca de uma saída para suas crises internas, preferiu reacender a guerra à custa do sangue do nosso povo.
Movimento de Resistência Islâmica – Hamas
Terça-feira, 18 de Ramadã de 1446 H
Correspondente a 18 de março de 2025″
“Comunicado à Imprensa
O reconhecimento do governo dos EUA de que foi previamente informada sobre a agressão sionista confirma sua parceria direta na guerra de extermínio contra nosso povo.
Essa admissão revela mais uma vez a cumplicidade e o apoio descarado dos EUA à ocupação, desmascarando suas falsas alegações de preocupação com a trégua.
Washington, ao fornecer apoio político e militar irrestrito à ocupação, carrega total responsabilidade pelos massacres e pelo assassinato de mulheres e crianças em Gaza.
A comunidade internacional deve agir com urgência para responsabilizar a ocupação e seus apoiadores por esses crimes contra a humanidade.
Nosso povo palestino não recuará em sua luta legítima até o fim da ocupação e a conquista plena de seus direitos.
Movimento de Resistência Islâmica – Hamas
Terça-feira, 18 de Ramadã de 1446 H
Correspondente a 18 de março de 2025″
“Hamas convoca mobilização na Cisjordânia contra genocídio em Gaza
O dirigente do Hamas, Abdul Rahman Shadid, conclamou o povo palestino na Cisjordânia a uma mobilização geral e ao levante em resposta à retomada da guerra de extermínio israelense na Faixa de Gaza.Shadid afirmou nesta terça-feira que defender Gaza, especialmente neste momento, é um dever de todo palestino capaz, por meio de marchas, atos de apoio e solidariedade, além da intensificação da resistência em todos os pontos de confronto.
Ele também pediu que a resistência na Cisjordânia amplie suas operações heroicas em resposta à guerra total e aos massacres cometidos pela ocupação e seus colonos contra o povo palestino.
O dirigente destacou que nosso povo e sua resistência frustrarão todos os planos traiçoeiros da ocupação contra Gaza, enfatizando que o que a ocupação não conseguiu impor por meio de negociações, não conseguirá impor pela guerra.”
“Nota de Condolências
‘Dentre os crentes há homens que cumpriram fielmente o compromisso que fizeram com Deus. Alguns deles já cumpriram sua missão, e outros aguardam. E eles não mudaram sua promessa em nada.’
Com total entrega, firmeza e determinação para continuar a defender nosso povo, nossa terra e nossos lugares sagrados, e com toda a paciência, fé, orgulho e honra, o Hamas lamenta profundamente a perda de grandes líderes mártires, símbolos da luta nacional em Gaza, que ascenderam ao martírio na manhã de hoje após um bombardeio sionista brutal e traiçoeiro que os atingiu diretamente, juntamente com suas famílias:
Mártir comandante Issam al-Da’alis, chefe do governo local.
Mártir comandante Yasser Harb, membro do Birô Político do Hamas.
Mártir comandante engenheiro Mohammed al-Jamassi, membro do Birô Político do Hamas.
Mártir comandante conselheiro Ahmed al-Hattah, vice-ministro da Justiça.
Mártir comandante general Mahmoud Abu Watfa, vice-ministro do Interior.
Mártir comandante general Bahjat Abu Sultan, diretor-geral da Segurança Interna.Ao lamentar esta nobre leva de líderes e figuras nacionais do nosso povo na Faixa de Gaza, destacamos que esses heróis permaneceram firmes ao lado das famílias gazenses por mais de quinze meses, demonstrando o mais alto nível de dedicação no serviço ao povo, na garantia de sua segurança e unidade social, no alívio de seus sofrimentos e na luta pelo fim da agressão sionista.
Reafirmamos que os crimes de assassinato seletivo perpetrados pela ocupação contra os líderes do Hamas e figuras da resistência não alcançarão seus objetivos e não quebrarão a vontade do nosso povo ou a união entre sua liderança e sua resistência. Pelo contrário, nosso povo se tornará ainda mais forte e determinado a enfrentar a ocupação e seus planos agressivos.
Que Deus tenha misericórdia desta geração de líderes e símbolos nacionais que tombaram após uma vida de resistência, fidelidade aos princípios e entrega total à causa de Gaza. Que sejam aceitos como mártires na Operação Dilúvio de Al-Aqsa, no caminho da libertação da terra e dos locais sagrados, e que habitem o mais alto paraíso, ao lado dos profetas, dos justos e dos mártires.
E essa é a Jihad: vitória ou martírio.
Movimento de Resistência Islâmica – Hamas
Terça-feira, 18 de Ramadã de 1446 H
Correspondente a 18 de março de 2025″