Ela fora ao Líbano para visitar seus pais e tinha visto para estrangeiros com habilidades especiais para trabalho, válido até meados de 2027
Na última quinta-feira (13), Rasha Alawieh, médica e professora assistente na Universidade de Brown, Boston (EUA) foi deportada do país, após ter tido sua entrada barrada no Aeroporto Internacional Logan de Boston.
Ela retornava do Líbano, seu país natal, para onde viajara em fevereiro para visitar seus pais. Lá, ela teria comparecido ao velório do líder do Hesbolá, Hassan Nasralá, ao qual compareceram mais de 1 milhão de pessoas. Conforme noticiado pelo portal Político, consta em relatório oficial da Alfândega e Proteção de Fronteiras que ela teria dito aos agentes da repressão que seguia os ensinamentos de Nasseralá “de uma perspectiva religiosa”, mas não política.
Político também afirma que outro pretexto para a deportação de Alawieh, foi de que os agentes da repressão teriam encontrado “‘fotos e vídeos simpáticos’ de figuras importantes do Hezbollah em uma pasta de itens excluídos em seu celular”, assim como imagens de Ali Khamenei, líder do Irã. Durante questionamento, Alawieh teria dito ser apolítica e que tem “muitos grupos de Whatsapp com familiares e amigos que os enviam”, acrescentando que “é uma muçulmana xiita e ele é uma figura religiosa. Ele tem muitos ensinamentos e é altamente respeitado na comunidade xiita”.
Ainda segundo o citado portal de notícias, “as afirmações sobre a afinidade de Alawieh com o Hesbolá surgiram pouco antes de um juiz federal ter agendado uma audiência na segunda-feira para decidir se o governo desafiou uma ordem que ele emitiu na sexta-feira exigindo que ela não fosse deportada sem aviso prévio ao tribunal”. Por outro lado, um funcionários da alfândega, John Wallace, “disse em uma declaração juramentada apresentada ao tribunal que os funcionários da alfândega no Aeroporto Logan de Boston não receberam notificação formal da ordem judicial por meio de canais oficiais antes de Alawieh ser colocado em um voo da Air France com destino a Paris na sexta-feira à noite”.
O juiz foi acionado por habeas corpus protocolado pela prima de Alawieh, com auxílio de advogados. Um dos advogados, que fora ao aeroporto na sexta, afirmou no âmbito do processo que chegou a falar com um funcionário da alfândega chamado Collins. Contudo, após a ordem judicial ter sido emitida, não conseguiu falar com qualquer agente.
“Gritei alto e repetidamente pelo escritório tentando chamar a atenção de um policial, caso o policial Collins ou um de seus colegas estivessem simplesmente no fundo, em uma parte não visível da parte da frente do escritório. Não recebi resposta”, declarou o advogado, acrescentando que “durante os 20 minutos em que fiquei esperando no escritório do CBP, liguei para o número listado na placa escrita à mão aproximadamente mais 8 vezes.”