Francesca Albanese, relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Palestina, disse que “a ausência de sanções e de um embargo de armas contra “Israel” equivale à cumplicidade com o genocídio do povo palestino”, considerando o corte de energia elétrica em Gaza, ordenado pelo ministro da Energia israelense, Eli Cohen, em 9 de março de 2025, tendo em vista o acordo de cessar fogo entre o Hamas e “Israel”.
Desde que o acordo de cessar fogo entre o Hamas e “Israel” entrou em vigor em 19 de janeiro de 2025, “Israel” já assassinou 137 palestinos, 52 deles mortos em Rafá. Na manhã do dia 10 de março, o Ministério da Saúde de Gaza anunciou que nove mártires foram registrados e 16 feridos deram entrada nos hospitais nas últimas 24 horas.
O chefe do Gabinete de Imprensa do Governo de Gaza, Salama Marouf, condenou as contínuas violações do acordo de cessar fogo pelo sionismo, mencionando as incursões e demolições em Rafá e a negação de se retirar do eixo Salah al-Din, no sul de Gaza. Marouf informou à imprensa que nos últimos 10 dias as forças armadas israelenses aumentaram as violações do cessar fogo, com ataques cada vez mais violentos, o que mostra as intenções da ocupação sionista de exterminar o povo palestino.
Salama Marouf pediu a intervenção dos mediadores para que pressionem “Israel” a respeitar o acordo de cessar fogo e parar com os crimes contra a população civil. O porta-voz palestino salientou a necessidade de interromper a política de punição coletiva contra o povo palestino, que além do corte de energia elétrica em Gaza, inclui o ataque sistemático a civis e o bloqueio à entrega de ajuda humanitária desde 2 de março.