A agência TASS publicou neste sábado (8) uma matéria como seguinte título: “Os países europeus não sabem como resolver a crise na Ucrânia, disse o presidente dos EUA, Donald Trump, a repórteres na Casa Branca”. Isso revela o grau de instabilidade que tomou conta do imperialismo com a mudança de política da atual presidência dos Estados Unidos.
Segundo a agência, quando perguntado por que os países europeus não estavam propondo opções específicas para resolver o conflito, o líder dos EUA disse que “às vezes as perguntas não são respondíveis”. “Eles estão em uma posição muito incomum. Eles não sabem como acabar com a guerra”.
Seguramente isso vai confundir também a esquerda filoimperialista, que vê em Putin um ditador com ambições imperialistas. Trump disse que sempre teve um bom relacionamento com o presidente russo, que deseja acabar com a guerra, e acrescentou “eu acho que ele vai ser mais generoso do que precisa ser, e isso é muito bom”.
A esquerda tem dito que Donald Trump quer dominar o mundo com guerras e sanções; justamente o que fez Joe Biden, que foi apoiado por todos os esquerdistas pequeno-burgueses. Enquanto isso, Putin e Trump discutiram a questão da Ucrânia em um telefonema no dia 12 de fevereiro. O próprio Kremlin divulgou que Trump pediu o fim das operações militares o mais rápido possível e que se resolvessem as questões por meios pacíficos.
O artigo da Tass traz que em 24 de fevereiro, Putin apontou que os países europeus poderiam contribuir para falar sobre a Ucrânia, mas não podiam exigir que fossem incluídos no processo. Moscou estava em discussão com esses países, mas eles optaram por cortar a comunicação.
Falando em cortes…
Para quem acha que a busca pela solução pacífica não passa de uma encenação, segundo a Time, a recente suspensão do compartilhamento de inteligência dos EUA com a Ucrânia enfraqueceu criticamente as capacidades de defesa de Kiev, levando a baixas substanciais, perdas territoriais – particularmente na parte ocupada da região de Kursk.
Um funcionário ucraniano teria que revelado que a falta de informações dos EUA resultou diretamente em centenas de ucranianos mortos, já que Kiev é incapaz de usar efetivamente algumas de suas armas mais poderosas fornecidas pelo Ocidente. Esse é um dado muito importante, pois clarifica para além de qualquer dúvida que essa guerra, iniciada por Biden, é travada entre Estados Unidos e Rússia, sendo a Ucrânia apenas uma bucha de canhão.
Essas informações, colhidas pela RT, afirmam que as forças ucranianas na região poderiam encerrar sua incursão em menos de duas semanas devido à escassez de suprimentos e à deterioração das condições do campo de batalha.
E a Europa?
A Europa, ou melhor, o imperialismo, se encontra em uma posição pouco favorável. No Reino Unido, pesquisas mostram que a população rejeita amplamente uma guerra contra a Rússia, o que só diminui a popularidade do já combalido Keir Starmer.
Na França, milhares de pessoas saíram às ruas em protestos contra as políticas de Macron. Conforme a RT, o primeiro-ministro francês, François Bayrou, descartou recentemente a ideia de consultar o público sobre as principais decisões de defesa. O que corrobora a nossa posição de que a Europa só poderá iniciar uma guerra se antes impuser ditaduras por todo o continente, e isso já está em curso, com a repressão de manifestações e prisões por crimes de opinião.
A RT noticiou que Milhares de manifestantes marcharam por Paris no sábado para se opor ao que veem como a abordagem militarista do presidente francês Emmanuel Macron à política externa e seu desinteresse em alcançar a paz no conflito da Ucrânia.
A manifestação foi organizada por Florian Philippot e seu partido, o Patriotas. Cantando slogans e carregando cartazes como “Nós não queremos morrer pela Ucrânia”, e “Macron, não queremos sua guerra”, a multidão se mudou da Praça do Palácio Real para a Praça Pierre Laroque.

Como sabemos, nesta quarta-feira o presidente francês fez uma ameaça nuclear contra a Rússia com a desculpa de proteger os países da União Europeia, além de pedir mais empenho dos países-membro da OTAN.
Essa manifestação na França é um prenúncio de que a Europa pode entrar em um período revolucionário, caso os governos capacho do imperialismo insistam em começar uma guerra de grande escala.
As pessoas não estão dispostas a morrer em nome de interesses claramente estranhos aos interesses populares. Muitos manifestantes no comício de Paris criticaram Macron por priorizar questões militares sobre questões domésticas. “Quando você declara guerra, é apagar todos os outros fracassos”, disse um manifestante. Outro acusou Macron de buscar conflitos enquanto líderes como Trump e Putin estão falando sobre paz.
A esquerda que critica as medidas de Trump e Putin, e que deseja a continuação da guerra, está colocando o próprio pescoço na forca. Defender o imperialismo é ir contra a classe trabalhadora e isso terá seu preço. Não resta dúvida de que essa esquerda traidora será completamente liquidada, vimos isso acontecer recentemente no Brasil com a esquerda golpista que se esfacelou, e desta vez não será diferente.