Nesta quarta-feira (5), o deputado republicano Greg Steube apresentou novamente ao Congresso norte-americano o Projeto de Lei Prevenção de Grupos Armados de se Envolverem em Radicalismo (cuja sigla inglês é PAGER, em referência ao ataque terrorista perpetrado por “Israel” contra o Hesbolá e o povo libanês, assassinando dezenas e ferindo mais de 3.500, muitos dos quais mulheres, crianças e idosos).
Segundo referido projeto, os Estados Unidos só forneceria ajuda financeira às Forças Armadas Libanesas (FAL) se o governo do Líbano encerrasse “qualquer reconhecimento oficial do Hesbolá e seus aliados”. Em outras palavras, que tornasse ilegal o partido revolucionário xiita, assim como seu partido aliado Amal, também xiita.
Consequentemente, o projeto também determina que as FAL cortem todas as relações com referidos grupos, assim como com qualquer outra organização que os Estados Unidos designem como uma organização terrorista. Destaca-se que, nesta terça-feira (4), o Departamento de Estado dos EUA designou novamente como “organização terrorista” o Ansar Alá, partido revolucionário que governa o Iêmen, organização também xiita. Em comunicado, Marco Rúbio, secretário de Estado, declarou que “as atividades dos Houthis ameaçam a segurança dos civis e do pessoal americano no Oriente Médio, a segurança dos nossos parceiros regionais mais próximos e a estabilidade do comércio marítimo global”.
No que se refere ao projeto de lei, ele também determina que as Forças Armadas Libanesas devem expandir seu controle sobre as áreas de influência do Hesbolá. Em declaração, o deputado norte-americano afirmou que “até que o povo do Líbano possa viver livre do terror e da perseguição do Hesbolá, a paz e a estabilidade de longo prazo no Oriente Médio permanecerão fora de alcance”.
Conforme noticiado por este Diário, citando revelações de portal de notícias norte-americano, haveria um acordo silencioso entre os Estados Unidos e “Israel” pela manutenção das forças de ocupação no sul do Líbano, em cinco pontos, por semanas ou mesmo meses.
A reintrodução do Projeto de Lei Prevenção de Grupos Armados de se Envolverem em Radicalismo ocorre em momento que “Israel” continua realizando ataques contra o Líbano, contra o Hesbolá e contra a população local, tendo perpetrado mais de 1.300 violações do cessar-fogo firmado ao final de novembro de 2024. Paralelamente, as Forças Armadas Libanesas permanecem sem confrontar “Israel”, tendo reprimido duramente recentes manifestações em defesa do Hesbolá e da soberania libanesa, contra o sionismo e o imperialismo.