Nas últimas semanas, surgiram notícias sobre negociações entre PT, PSB e PSOL para a formação de uma “chapa de esquerda” na disputa pelo governo do Estado de São Paulo nas próximas eleições.
A chapa seria encabeçada por um dos seguintes nomes: Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (PSOL), Márcio França (PSB) ou Tábata Amaral (PSB).
No entanto, diversos indícios apontam que a divulgação dessa suposta “chapa de esquerda” não passa de uma cortina de fumaça para encobrir a tentativa de viabilizar uma candidatura da terceira via, ou seja, de um setor político alinhado aos interesses do imperialismo, totalmente impopular e dependente do apoio da esquerda para ter alguma viabilidade eleitoral.
Esse quadro fica mais evidente à medida que surgem restrições aos nomes cogitados. Fernando Haddad não seria candidato, pois permaneceria como ministro em um eventual próximo mandato de Lula. Guilherme Boulos e Tábata Amaral são considerados inexperientes para cargos executivos de maior peso, restando apenas Márcio França e Geraldo Alckmin, este último tendo governado São Paulo por quatro mandatos.
No último dia 25, o portal Brasil 247 divulgou uma matéria apontando que “Alckmin desponta como o nome mais competitivo para disputar o governo de SP contra Tarcísio em 2026”, com base em dados da revista Veja e do instituto Paraná Pesquisas. O levantamento indica que o atual vice-presidente tem 24,7% das intenções de voto, contra 37,8% de Tarcísio de Freitas, sendo assim seu principal adversário.
Tudo indica que se trata de mais uma manobra para forçar os eleitores da esquerda a apoiar “o mal menor” (Alckmin) na suposta “luta” contra o “fascismo”.
O PT vai embarcar nessa política reacionária?