Um policial civil de 26 anos, do Rio de Janeiro, confessou ter assassinado um homem no bairro Itapoã, em Belo Horizonte, no último sábado (23). Segundo o relato absurdo do policial, ele estava em um restaurante com familiares quando foi abordado pela vítima, que o ameaçou várias vezes e simulou estar armado, colocando a mão debaixo da camisa e temendo por sua vida, o policial sacou sua arma e disparou contra o homem.
Já os moradores da região, que pediram anonimato, descreveram a vítima como uma pessoa tranquila e inofensiva, conhecida por passear com seus cachorros e cumprimentar todos no bairro. Muitos afirmaram que ele nunca causou problemas e era ajudado por comerciantes locais, sendo considerado uma pessoa com saúde debilitada e dificuldades para se locomover.
Após o disparo, o policial acionou a Polícia Militar e entregou sua arma. A perícia da Polícia Civil de Minas Gerais também esteve no local e constatou que a vítima estava com uma machadinha e uma garrafa com líquido desconhecido. O caso está sendo investigado pela polícia.
Essa é mais uma demonstração de que a polícia brasileira, não apenas a militar, é um verdadeiro esquadrão da morte. Um cidadão com problemas mentais pode ser assassinado por um policial em uma discussão de rua.
É preciso acabar completamente com o aparato de repressão do Estado burguês. A questão da segurança deve ser resolvida com investimento na questão social e com a auto-organização dos trabalhadores em seus bairros.