O deputado estadual bolsonarista Capitão Martim (Republicanos-RS) apresentou o projeto de lei “Abril Amarelo”, para atacar os sem terra do Rio Grande do Sul. Ele é uma oposição declarada ao “Abril Vermelho”, organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em defesa da reforma agrária. Em 2024, o MST realizou diversas ocupações no estado e em outras regiões do país. Agora os latifundiários se preparam para contra atacar.
O presidente da Comissão Fundiária da Farsul, Paulo Ricardo Dias, afirmou que as invasões são atos criminosos e frequentemente envolvem destruição de cercas, mortes de animais e agressões psicológicas contra proprietários e trabalhadores.
Ele citou a invasão de duas fazendas em Pedras Altas (RS), em dezembro, e elogiou a ação fascista da Brigada Militar para desocupar as propriedades. Destacou também a importância do “Abril Amarelo” para diferenciar “invasões ilegais” da reforma agrária legalmente regulamentada pelo Incra.
Em Santa Catarina, uma lei semelhante já foi sancionada pelo governador Jorginho Mello (PL) em janeiro. O bolsonarismo, portanto, avança agora no Rio Grande do Sul, sob o governo do tucano Eduardo Leite (PSDB).
É preciso ampliar a luta pela terra e fortalecer o movimento dos trabalhadores rurais contra o bolsonarismo. O governo Lula deve apoiar o MST e demais movimentos na luta pela reforma agrária.