Dia de Hoje na História

11/2/1873: Revolução Espanhola proclama a primeira república

A Espanha passava por uma conjuntura revolucionária desde 1868, quando o rei Amadeu I abdicou, as cortes tomaram a decisão de proclamar a república

No ano de 1868 um levante militar derrubou a rainha Isabel II e deu início à um longo processo revolucionário na Espanha. Ele culminou na proclamação de República em 11 de fevereiro de 1873, mas as forças contra-revolucionárias conseguiram restaurar a monarquia no ano seguinte.

O levante começou em setembro de 1868, quando um grupo de militares, liderado pelo general Juan Prim, pelo almirante Juan Bautista Topete e pelo general Francisco Serrano, se rebelou contra o governo em Cádiz. O exército real foi derrotado na Batalha de Alcolea (28 de setembro), forçando Isabel II a fugir para a França. Com a queda da monarquia, foi estabelecido um governo provisório, liderado por Serrano, que convocou eleições para uma Assembleia Constituinte.

Em 1869, foi aprovada uma nova Constituição, que estabelecia uma monarquia parlamentar e garantia maior liberdade de imprensa, direitos civis e sufrágio universal masculino. Mas a monarquia seguiu sendo um foco de crise, inclusive com dinastias disputando quem seria o rei.

Em 1870, Amadeu I de Sabóia, um príncipe italiano, foi escolhido para governar a Espanha, mas foi incapaz de se estabilizar na conjuntura revolucionária, o que o levou a abdicar. Sem consenso sobre uma nova monarquia, as Cortes (o parlamento espanhol) optaram pela proclamação da república.

O novo regime enfrentou desafios desde o início. Durante seus onze meses de existência, a Espanha teve quatro presidentes diferentes: Estanislao Figueras, Francisco Pi y Margall, Nicolás Salmerón e Emilio Castelar. A república se dividiu entre federalistas, que defendiam uma descentralização do poder, e unitários, que queriam um governo forte e centralizado.

Além disso, o país estava mergulhado em várias crises, como a Terceira Guerra Carlista (um conflito monarquista no norte), a Revolta Cantonal (movimento anarquista e federalista) e a contínua luta pela independência de Cuba.

Em janeiro de 1874, um golpe militar liderado pelo general Pavía dissolveu as Cortes e estabeleceu um governo reacionário sob o general Serrano, encerrando a experiência republicana. No ano seguinte, em dezembro de 1874, o general Martínez Campos proclamou a restauração da monarquia com a coroação de Alfonso XII, filho da rainha deposta Isabel II.

A república seria novamente conquistada na década de 1930, já em uma nova conjuntura revolucionária em que a classe operária por pouco não tomou o poder.

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