Bassem Naim, membro do Birô Político do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) acusou “Israel” de ameaçar o colapso do cessar-fogo e fez um apelo aos países árabes para rejeitarem a normalização. Segundo ele, o não cumprimento do acordo de cessar-fogo por parte da ocupação israelense ameaça seu colapso.
De acordo com Basem Naim, “a procrastinação e a falta de comprometimento de Israel na implementação da primeira fase… certamente expõem este acordo ao perigo e, portanto, ele pode ser interrompido ou entrar em colapso”.
Ao mesmo tempo, Naim transmitiu a aversão do Hamas em retomar a guerra com “Israel”, dizendo que “certamente não é nosso desejo nem nossa decisão.” Ele também instou os países árabes a rejeitarem a normalização das relações com a ocupação israelense, já que os Estados Unidos pressionam a Arábia Saudita a se juntar a um grupo seleto de vizinhos para estabelecer laços.
“Pedimos para não normalizarem”, disse Naim, acrescentando: “chamamos todos os países árabes, tanto os que estão normalizando quanto os que estão considerando a normalização, a se afastarem disso”.
Enquanto os Estados Unidos buscam incorporar a Arábia Saudita aos “Acordos de Abraão”, a proposta do presidente Donald Trump de deslocar dois milhões de palestinos de Gaza e reconstruir a faixa como a “Riviera do Oriente Médio” pode ter causado um retrocesso nesse objetivo.
A Arábia Saudita, junto com vários outros países árabes, rejeitou rapidamente o plano, reafirmando a exigência de um estado palestino antes de qualquer normalização com a ocupação israelense, citando que esta era uma condição não negociável. Segundo a imprensa imperialista, a indignação pública na questão da guerra, e agora sobre a proposta de Trump de esvaziar Gaza, complicou as perspectivas de um acordo dos países árabes com “Israel”