A Resistência Palestina forjou, ao longo de décadas de luta contra a ocupação sionista, figuras emblemáticas que simbolizam a determinação inquebrantável do povo palestino. Entre esses nomes está Ahmed Nasr Jarrar, combatente da resistência e símbolo da luta do campo de Jenin, que tombou em combate há exatos sete anos.
Nascido em uma família de combatentes, Ahmed seguiu os passos de seu pai, Nasr Jarrar, um dos comandantes das Brigadas Al-Qassam, que caiu em combate em agosto de 2002 após várias tentativas de assassinato por parte da entidade sionista. Nasr, que organizou operações conjuntas com o mártir Yahya Ayyash, ficou gravemente ferido durante a resistência e perdeu ambas as pernas, mas jamais abandonou a luta.
Ahmed cresceu nesse ambiente de luta revolucionária e, em 9 de janeiro de 2018, liderou uma operação armada contra um colono sionista em “Havat Gilad”, abrindo fogo contra o veículo e eliminando o alvo. Desde então, tornou-se um dos homens mais procurados pela ocupação, que empreendeu uma caçada implacável contra ele. A resistência de Ahmed rapidamente transformou seu nome em uma referência em toda a Palestina, e seu povo se comprometeu a protegê-lo.
A incapacidade do exército sionista em capturá-lo gerou uma escalada de repressão, com invasões diárias na Cisjordânia e destruição de casas da família Jarrar. Em um episódio de brutalidade, a ocupação assassinou seu primo, Ahmed Ismail, ao confundi-lo com o verdadeiro alvo da perseguição. Apesar das ameaças, Ahmed se recusou a render-se.
A perseguição se intensificou, com helicópteros, escavadeiras e forças especiais empenhadas na sua captura. Contudo, Ahmed permaneceu indetectável, movendo-se entre esconderijos e contando com a solidariedade de seu povo. A humilhação da entidade sionista só aumentava, pois um jovem de 22 anos conseguia iludir seu aparato militar.
Na madrugada do dia 6 de fevereiro de 2018, em Yamoun, Jenin, o exército sionista finalmente cercou um dos esconderijos de Ahmed. Determinado a não se render, ele saiu armado com um fuzil M-16 e granadas, pronto para o combate. Enfrentou os invasores com coragem, tombando como um verdadeiro combatente da resistência, com sua arma em punho e um pequeno Alcorão, presente de seu pai, ao seu lado.
O martírio de Ahmed Nasr Jarrar foi celebrado por todas as facções da Resistência Palestina. Sua história tornou-se um exemplo de firmeza e intransigência diante da opressão. Em sua memória, recordamos também os mártires que tombaram durante a perseguição e repressão desencadeada após sua operação, como Khaled Walid Al-Tayeh, Ahmed Samir Abu Obaid, Yazan Abu Tabeekh, Tariq Badwan e os combatentes da batalha de Areeha.
O legado de Ahmed Nasr Jarrar permanece vivo na luta do povo palestino. Seu nome é lembrado como o jovem que desafiou e humilhou a máquina de guerra da ocupação, elevando a bandeira da resistência e servindo de inspiração para as gerações futuras.
