O Escritório de Imprensa do Governo de Gaza anunciou neste domingo (2) que mais de 61.000 pessoas foram assassinadas como resultado da campanha militar de “Israel” na Faixa de Gaza, incluindo um número enorme de trabalhadores da saúde, jornalistas e socorristas.
Segundo o comunicado, a campanha genocida teve um impacto devastador sobre civis e os profissionais da linha de frente. Entre os mortos, estão 1.115 profissionais de saúde, 205 jornalistas e 194 membros da defesa civil.
No sábado, o Ministério da Saúde de Gaza relatou 47.487 mártires confirmados. Esse número continua a aumentar à medida que mais corpos são retirados dos escombros dos edifícios destruídos pelos bombardeios israelenses.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, fez um pedido urgente pela evacuação de 2.500 crianças feridas durante a guerra para que recebam tratamento médico imediato. Seu apelo veio após uma reunião com médicos norte-americanos que alertaram que essas crianças enfrentam um “risco iminente de morte” nas próximas semanas.
Os quatro médicos, que atuaram como voluntários em Gaza ao longo dos 15 meses de guerra, descreveram o estado crítico do sistema de saúde do território, que foi gravemente afetado pelo conflito.
Guterres afirmou que ficou “profundamente comovido” após a conversa com os médicos dos EUA na última quinta-feira (30) . “Essas 2.500 crianças precisam ser evacuadas imediatamente, com a garantia de que poderão retornar às suas famílias e comunidades”, escreveu ele nas redes sociais.
A destruição de mesquitas e igrejas
Além genocídio, a ocupação israelense destruiu 79% das mesquitas da Faixa de Gaza e demoliu completamente três igrejas, de acordo com o porta-voz do Ministério de Dotação Religiosa de Gaza.
Icrami al-Mudallal, porta-voz do ministério, afirmou que as forças israelenses também mataram 255 clérigos e imãs afiliados ao ministério e prenderam outros 26.
“O ataque a mesquitas e locais de culto pelas forças de ocupação é uma clara violação de todos os princípios sagrados, do direito internacional e dos direitos humanos“, declarou ele.
Além disso, al-Mudallal destacou que as forças israelenses atacaram 32 dos 60 cemitérios de Gaza, destruindo 14 completamente e danificando 18 parcialmente.
A Grande Mesquita Omari, a maior e mais antiga mesquita de Gaza, que resistiu por 1.400 anos. Seu minarete foi destruído, e partes significativas de sua estrutura sofreram danos severos. Outras mesquitas atacadas incluem a Mesquita Saied al-Hashim e a Mesquita Catib al-Uilaia.
A Igreja de São Porfírio, a mais antiga de Gaza e a terceira mais antiga do mundo, sofreu danos, assim como a Igreja da Sagrada Família. A Igreja de São Porfírio foi atacada logo no início do genocídio por um bombardeio israelense, que matou e feriu centenas de deslocados que buscavam abrigo em seu interior.
O massacre de São Porfírio ocorreu dois dias após um brutal ataque israelense à igreja batista al-Ahli, localizada dentro do Hospital Batista no centro de Gaza, onde mais de 500 palestinos foram assassinados em um ataque contra equipes médicas e infraestrutura hospitalar na Faixa de Gaza.