Este sábado (1º) foi mais um dia de gigantescas vitórias para o Hamas. O Estado de “Israel” foi obrigado mais uma vez a trocar os reféns palestinos pelos prisioneiros israelenses em Gaza. No total, foram libertos mais 183 palestinos, muitos deles dirigentes importantes da resistência. O sionismo continua sendo humilhado pela Resistência Palestina a cada dia que passa após o cessar-fogo. Os palestinos festejam a maior vitória de sua história durante as libertações dos reféns.
A Comissão de Assuntos de Prisioneiros e Ex-Prisioneiros informou que a última libertação incluiu 39 reféns de Gaza, 32 da Cisjordânia ocupada e um prisioneiro deportado para o Egito. Entre eles, há palestinos cumprindo penas de prisão perpétua e longas sentenças. Além disso, 111 prisioneiros que haviam sido sequestrados pelas tropas israelenses em Gaza após 7 de outubro de 2023 também foram libertos. Em troca, o Hamas libertou três prisioneiros sionistas de Gaza.
Ônibus transportando os prisioneiros recém-libertados da prisão de Ofer, em “Israel”, chegaram à cidade de Ramalá, onde foram recebidos mais uma vez por grandes manifestações. Essas mobilizações são o grande temor de “Israel”, pois demonstram que o Hamas obteve uma vitória política gigantesca na Cisjordânia ocupada.
Apesar da vitória palestina, os sionistas romperam o acordo de cessar-fogo mais uma vez. Os palestinos libertos deveriam ter sido transferidos pelo posto de controle de Carem Abu Salem para o Egito, e não redirecionados para Gaza. Os sionistas são profissionais em ignorar acordos de cessar-fogo, mas é preciso deixar claro que fazem isso em uma posição de derrota. Netanyahu age como uma criança birrenta que não aceita que perdeu um jogo.
A liberdade chega para os palestinos
Dentre os libertos estava Mohamed Falaneh, de 61 anos, companheiro de luta do líder das Brigadas al-Qassam, o mártir Iahia Aiash. Ele foi preso em 1992 por participar de uma operação que teve como alvo um ônibus que transportava colonos. Falaneh é o prisioneiro mais antigo da governadoria de Ramalá. Durante a maior parte de seus anos na prisão, foi mantido em confinamento solitário, e sua família foi impedida de visitá-lo. Ele deveria ter sido libertado em 2014, mas a ocupação impediu sua soltura. Durante seu tempo na prisão, fez uma greve de fome de 41 dias protestando contra o regime sionista.
Mahmoud Al-Qadumi é outro dos palestinos libertados. Ele passou 23 anos nas prisões da ocupação e havia sido condenado à prisão perpétua. Qadumi saiu da prisão em um estado tão debilitado que foi levado imediatamente ao hospital. Em meio à manifestação, declarou: “Eu estava morto, aguardando execução… Hoje, renasci. Tenho um dia de vida hoje. Nosso povo sempre escreve a história”.
Outro liberto foi Ali Nazzal, que foi preso em 2007 e condenado a 20 anos de prisão sob acusação de ser do Hamas. Ele nasceu no Kuwait em 1972, em uma família de refugiados palestinos, originalmente de Qalqilia. Durante seus quase 20 anos de prisão, seus pais e familiares foram repetidamente impedidos de fazer visitas com o pretexto de que vivem na Jordânia. Ele finalmente pôde encontrar seu filho Sharif pela primeira vez.
Um dos 111 reféns palestinos que voltaram para Gaza declarou à imprensa: “Por um ano e três meses, fomos submetidos às piores formas de tortura. Eles tratariam os animais melhor do que a nós. Eu ofereci meus dois filhos como mártires, mas meus filhos são um sacrifício por esta nação, que deu e ofereceu mais do que eu”. Outro afirmou: “Indescritível, hoje renascemos. Hoje, saímos da estreiteza dos túmulos para a vastidão do mundo”.
Ahmed Al-Qudra, o Diretor do Escritório de Imprensa dos Prisioneiros, publicou um comunicado sobre as libertações. Ele afirmou que “o Dilúvio dos Livres (Toufan Al-Ahrar) continua, e a vontade da resistência não cessará até que todos os prisioneiros sejam libertos das prisões da ocupação. A equação em relação aos prisioneiros mudou; já não é como antes, mas tornou-se parte da luta mais ampla pela libertação. Neste dia glorioso, saudamos os heróis da resistência, que honraram seu compromisso e fizeram sacrifícios para trazer os prisioneiros de volta para suas casas. Também saudamos nosso povo resiliente em Gaza, que abraçou a resistência e fez grandes sacrifícios”.
Uma derrota humilhante do sionismo
A entrega dos prisioneiros israelenses em Gaza pelo Hamas foi mais uma gigantesca demonstração de força. Os soldados das Brigadas al-Qassam mais uma vez saíram às ruas em um grande comício com a população da Faixa de Gaza.
Haitham al-Hauajri, comandante da Brigada Al-Shati, que o exército sionista afirmou ter assassinado em dezembro de 2023, foi quem entregou um prisioneiro sionista ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha no norte de Gaza. Um veículo capturado pelas Brigadas al-Qassam dos assentamentos sionistas no dia 7 de outubro foi utilizado na manifestação, bem como as armas israelenses capturadas pelos palestinos. Essas imagens de Gaza causaram um terremoto político em “Israel”, mostrando mais uma vez que, em 15 meses, eles falharam completamente em erradicar o Hamas.
A cada entrega de prisioneiros, o Hamas lança um vídeo muito bem gravado e editado, que é uma arma enorme contra o sionismo. Foi por isso que o imperialismo censurou o Telegram das Brigadas al-Qassam; são imagens que desmoralizam completamente o Estado sionista. Todo o processo de entrega de prisioneiros é meticulosamente planejado para mostrar a vitória do Hamas. Enquanto isso, “Israel” esconde seus prisioneiros libertos com medo de que eles ataquem o governo Netanyahu.
A cada semana que passa, o Estado de “Israel” é obrigado a passar por várias novas derrotas nas trocas de reféns palestinos pelos prisioneiros sionistas. E o inverso acontece com os palestinos: a cada semana, uma nova festa acontece por essa enorme conquista. “Israel” se vê obrigado a passar por meses de humilhação nas mãos do Hamas. Os oprimidos do mundo estão em festa!