Os motoristas de ônibus de João Pessoa entraram em greve no dia 27 de janeiro, reivindicando um reajuste salarial de 15%, a retomada do vale-alimentação suspenso desde 2019 e o fim das jornadas duplas de trabalho. O Sintur-JP, representante das empresas de transporte, propôs um reajuste de 5%, um vale-alimentação de R$ 500, aumentando para R$ 550 em julho, além da manutenção do plano de saúde e gratificações. A categoria considerou a proposta insuficiente e rejeitou também uma sugestão apresentada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
A categoria começou a greve exigindo um aumento de 15% nos salários, enquanto a proposta dos capitalistas foi de apenas 3%. Além do reajuste salarial, os motoristas pedem a retomada do vale-alimentação, que foi suspenso desde 2019, e o fim das duas jornadas de trabalho.
Entre as principais reivindicações estão: reajuste de 15% no piso salarial, aumento de 81% no valor do auxílio-alimentação, elevação de 150% na gratificação e inclusão de plano odontológico Plano de saúde
Durante a paralisação, a frota de ônibus operou com apenas 60% dos veículos, seguindo a ditadura do TRT. O movimento foi impulsionado pelo aumento recente da tarifa de ônibus, que passou de R$ 4,90 para R$ 5,20, sem reflexos nos salários dos motoristas. As negociações se intensificaram, e, na audiência de conciliação do dia 29 de janeiro, o Simtro/PB apresentou uma contraproposta de reajuste de 6%, vale-alimentação de R$ 600 e uma comissão adicional de R$ 150, mas o Sintur-JP recusou.
A expectativa é que a frota de ônibus volte a operar com 100% da capacidade até sexta-feira (31), enquanto as negociações continuam. Esse é o caminho para a derrota da greve. A mobilização para ser vitoriosa deve ultrapassar a ditadura do TRT e paralisar completamente a cidade de João Pessoa.