Formação política

No 5º dia do Acampamento: futebol, URSS e Camões

Quinto dia contou com uma palestra proferida por Afonso Teixeira sobre o poeta português Luiz Vaz de Camões. Um verdadeiro mergulho na obra e no impacto histórico de Camões

No quinto dia do 52º Acampamento de Férias da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), os militantes e simpatizantes do Partido da Causa Operária (PCO) tiveram mais futebol, mais jogos, palestras e, claro, política. O dia 30 começou com um café da manhã delicioso, com morangos e muitas outras frutas deliciosas, acompanhadas por bolos, uma grande variedade de pães e queijos, para um café da manhã reforçado.

Logo após, teve início a quarta exposição do curso da Universidade Marxista. O presidente nacional do PCO, Rui Costa Pimenta, ministrou uma aula esclarecedora sobre o papel da União Soviética na formação da crise mundial imperialista. Pimenta explicou como o ano de 1980 foi decisivo para a crise que viria a selar a morte da URSS, quando a burocracia soviética percebeu que não conseguiria conter o ímpeto revolucionário gerado pela crise imperialista global.

Confrontada com a pressão interna e externa, a burocracia soviética optou pela restauração capitalista como estratégia de sobrevivência, completando a contra-revolução iniciada com a ascensão do stalinismo. A análise de Pimenta destacou o começo da crise ainda nos anos 1950, com a crise polonesa sendo o evento definitivo para a decisão da burocracia stalinista.

O almoço servido após a aula foi um verdadeiro sucesso entre os participantes. Foi oferecido joelho de porco com batatas, acompanhado de uma sortida salada. Os elogios foram muitos, como o de Joana Acuio, que destacou ter sido essa sua primeira experiência com o prato, em sua primeira participação no Acampamento:

“Cada dia vocês montam um prato elaborado, deve ter alguém que entende, porque é muita variedade e tudo muito bom. O joelho de porco do almoço de hoje mesmo, eu nunca tinha experimentado, a primeira vez que comi foi aqui e achei uma delícia.”

No período da tarde, dois emocionantes jogos de futebol agitaram o Acampamento. No primeiro confronto, a equipe Vermelha perdeu para a equipe Branca por 4 a 5, em uma partida bastante disputada. Os gols da equipe Vermelha foram marcados por Marcelo, Tainã, Joaquim e Tainã novamente, enquanto a equipe Branca contou com os gols de Arthur (2), Adriano e Luiz Henrique (2, sendo um na prorrogação) para garantir a vitória. No segundo jogo, a equipe Preta foi derrotada pelo time Amarelo por 1 a 2. O único gol do time Preto foi marcado por Calebe, enquanto o time Amarelo venceu com dois gols de Tiago Pires, garantindo a vitória para sua equipe em uma partida igualmente emocionante.

À noite, o jantar do Acampamento de Férias, foi o exótico ceviche, um prato tradicional peruano, que causou grande surpresa e encantamento entre os participantes. O militante do Rio Grande do Sul César Pontes ficou impressionado ao descobrir que o prato era feito com peixe “cru”.

Considerado patrimônio da humanidade pela UNESCO, o prato foi apresentado pela primeira vez a muitos outros presentes. Gabriel Mendes, militante do PCO do Rio de Janeiro, não poupou elogios à iguaria e descreveu sua experiência: “simplesmente maravilhoso, perfeito”, exclamou, encantado com a textura única do prato. A receptividade foi tão positiva que o ceviche se tornou um dos momentos mais comentados da noite.

Por fim, o quinto dia contou com uma palestra proferida por Afonso Teixeira sobre o poeta português Luiz Vaz de Camões. Um verdadeiro mergulho na obra e no impacto histórico deste ícone da literatura. Teixeira relembrou que, em 2024, o mundo celebrou os 500 anos de nascimento de Camões, embora a data real de seu nascimento permaneça incerta.

O palestrante se aprofundou na análise de Os Lusíadas, a obra-prima do poeta, que narra as grandes aventuras marítimas de Portugal e reflete o desenvolvimento político, econômico e cultural da nação portuguesa, que, após a Revolução de Avis, no final do século XIV, se tornava o primeiro Estado moderno, fruto da bem-sucedida revolução burguesa. Teixeira lembrou o período histórico da obra, marcada pelas Grandes Navegações, um período descrito por Karl Marx como a “etapa heroica da burguesia”, quando Portugal se tornou pioneiro na exploração dos mares e na expansão do império. A palestra destacou não apenas a grandiosidade de Camões como poeta, mas também seu papel essencial no entendimento da história e da identidade nacional portuguesa.

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