Um avião da American Airlines colidiu no ar com um helicóptero militar nos Estados Unidos, resultando na morte de 67 pessoas. O acidente ocorreu na madrugada desta quinta-feira (30), quando a aeronave comercial, que partiu de Wichita, no Kansas, se preparava para pousar no Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Washington. O impacto fez com que ambos os veículos caíssem no Rio Potomac, onde equipes de resgate continuam trabalhando para recuperar corpos.
O Bombardier CRJ700 transportava 60 passageiros e quatro tripulantes, enquanto o helicóptero Sikorsky H-60 levava três militares em um voo de treinamento. Segundo as autoridades, não há sobreviventes. Até o momento, 28 corpos foram retirados das águas congelantes do rio, mas a localização dos destroços e as baixas temperaturas dificultam os trabalhos. A operação de resgate conta com mais de 300 profissionais, incluindo bombeiros, mergulhadores e membros da Guarda Nacional, que enfrentam dificuldades devido às condições climáticas adversas e à correnteza do rio.
Investigação
As primeiras informações apontam que não houve falha de comunicação entre o helicóptero, o avião e a torre de controle. Gravações indicam que o controle de tráfego aéreo instruiu a aeronave militar a manter distância do avião comercial, mas a tripulação do helicóptero solicitou “separação visual” e prosseguiu. Cerca de 20 segundos depois, o choque aconteceu.
O presidente dos EUA, Donald Trump, usou sua rede social para criticar os controladores de tráfego e questionar a conduta dos pilotos do helicóptero. O Secretário de Defesa, Pete Hegseth, anunciou uma investigação do Exército e do Departamento de Defesa para apurar as causas do acidente. Especialistas em aviação afirmam que a colisão poderia ter sido evitada caso houvesse protocolos mais rigorosos para a separação entre aeronaves comerciais e militares em zonas de alto tráfego.
Vítimas e repercussão
Dentre os passageiros do avião estavam atletas, treinadores e familiares da comunidade de patinação artística dos EUA. A US Figure Skating lamentou profundamente a tragédia. O Kremlin confirmou a presença de patinadores russos renomados, incluindo os campeões mundiais Evgenia Shishkova e Vadim Naumov. Vladimir Putin, no entanto, afirmou que não pretende contatar Trump sobre o ocorrido.
A American Airlines declarou apoio às famílias das vítimas e suspendeu suas operações no aeroporto de Washington, transferindo voos para Baltimore-Washington. Familiares e amigos das vítimas foram orientados a se dirigirem a um centro de atendimento emergencial estabelecido no aeroporto, onde receberão informações detalhadas sobre as buscas e os procedimentos de identificação dos corpos.
Histórico de acidentes aéreos
Este acidente se soma a uma série de tragédias aéreas recentes. Em janeiro, na Coreia do Sul, um jato militar também colidiu no ar durante treinamento, resultando na morte de todos a bordo. Além disso, no final de 2024, um helicóptero militar caiu na região do Mar Negro.
Outro acidente recente ocorreu em outubro, quando um Boeing 737 da China Eastern Airlines caiu em uma região montanhosa, matando todos os 132 ocupantes. As investigações apontaram falha humana como possível causa do desastre. Em novembro, um Airbus A320 da Pakistan International Airlines sofreu um pouso forçado em uma zona residencial de Karachi, causando várias mortes e destruindo dezenas de casas.