Oriente Médio

‘Israel’ tenta estender ocupação do Líbano; Hesbolá não permite

Desde a implementação do acordo, "Israel" já violou os termos mais de 1.000 vezes, segundo denúncias do Líbano

A tentativa do Estado sionista e nazista de “Israel” de prorrogar a ocupação do sul do Líbano ganhou destaque após múltiplas denúncias de violação do acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos e pela França. O prazo para a retirada total das tropas israelenses, estipulado em 60 dias e previsto para encerrar no próximo domingo, 26 de janeiro, é alvo de manobras que visam estendê-lo, como denunciado pelo Hesbolá e por autoridades libanesas.

Segundo o principal partido revolucionário de Resistência Libanesa, o Hesbolá, “Israel” busca criar pretextos para justificar sua permanência, algo que o Hesbolá considera uma flagrante violação do acordo e um atentado à soberania libanesa, conforme a nota oficial publicada na rede social Telegram:

“O período de 60 dias para que o inimigo sionista se retire permanentemente do território libanês está prestes a terminar, e isso exige sua implementação plena e abrangente de acordo com o estabelecido no acordo de cessar-fogo.

Certos vazamentos sobre o adiamento da retirada e a permanência do inimigo no Líbano por mais tempo requerem que todos — especialmente a liderança política no Líbano e aqueles que pressionam os países patrocinadores do acordo — ajam de forma eficaz para garantir que o prazo seja respeitado.

Não aceitaremos nenhuma violação do acordo, independentemente das justificativas apresentadas. Qualquer adiamento é uma afronta à soberania libanesa e precisa ser enfrentado por todos os meios garantidos pelos tratados internacionais.”

Em outra nota, também publicada no Telegram, o partido revolucionário libanês afirma:

“O Hesbolá reitera que a resistência permanecerá firme em sua posição contra qualquer tentativa de prolongar a ocupação sionista no sul do Líbano.

Conclamamos o governo libanês e as forças internacionais a agirem para impedir quaisquer manobras que violem o acordo de cessar-fogo. A soberania do Líbano não pode ser negociada, e o prazo acordado deve ser respeitado integralmente.”

De acordo com declarações do Hesbolá, a implementação completa do acordo é imprescindível, e nenhuma concessão será aceita. Em nota, o partido alertou que “qualquer adiamento na retirada é considerado uma violação flagrante” e convocou as autoridades libanesas e os países patrocinadores do acordo a pressionarem por sua plena execução. Ghalib Abu Zeinab, membro do conselho político do Hesbolá, foi enfático ao declarar que, caso “Israel” não cumpra os termos, “segunda-feira será um novo dia”, sinalizando a possibilidade de retomada da resistência armada.

Nos últimos dias, a região sul do Líbano tem presenciado cenas de destruição causadas pelas forças israelenses, que explodiram casas em diversas vilas, incluindo Taybeh, Kfar Kila, Hanin e Aita al-Shaab. Segundo a Agência Nacional de Notícias do Líbano, ao menos oito casas foram demolidas em Taybeh, enquanto explosões foram registradas em Markaba e Houla. Em Kfar Shouba, a chegada do Exército Libanês foi recebida com aplausos pela população local, que promete retornar às vilas ocupadas independentemente da retirada israelense.

“Israel” é alvo de denúncias não apenas pelo Hesbolá, mas também por figuras do governo libanês. O ex-primeiro-ministro interino Najib Mikati afirmou ter recebido informações de que o chefe do comitê de cessar-fogo, o major-general norte-americano Jasper Jeffers, indicou que a retirada israelense pode ser atrasada em “alguns dias”. Essa possibilidade, no entanto, é rejeitada pelo Hesbolá, que classificou a manobra como uma tentativa de manter a ocupação.

Desde a implementação do acordo, “Israel” já violou os termos mais de 1.000 vezes, segundo denúncias do Líbano. Essas infrações incluem sobrevoos com drones, ataques localizados e a manutenção de postos militares em território libanês. Além disso, o governo israelense pediu aos Estados Unidos a extensão do prazo de retirada por mais 30 dias. O embaixador de “Israel” nos EUA, Michael Herzog, justificou a solicitação alegando “preocupações de segurança” e dificuldades para o exército libanês se estabelecer nas áreas em questão.

Embora a França tenha declarado apoio a qualquer decisão que garanta a continuação do cessar-fogo, o Hesbolá rejeita categoricamente qualquer modificação no cronograma acordado. Ali Fayyad, parlamentar do Hesbolá, afirmou que a Resistência “usará todos os meios possíveis” para confrontar a ocupação caso os prazos não sejam respeitados. “Qualquer permanência será considerada um ato de ocupação e será enfrentada pela Resistência”, reforçou.

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