São Paulo

Complexo Cultural Júlio Prestes ganha nova sala para concertos

Abandonado pelo estado, centro de São Paulo abriga ilhas culturais administradas por particulares com o dinheiro público

O aniversário de 471 anos da cidade de São Paulo, no dia 25 de janeiro, marcará a inauguração de uma nova sala de concertos na cidade, que teve o seu projeto arquitetônico elaborado pelo escritório Dupré Arquitetura, de Nelson Dupré, que também foi responsável pelo primeiro restauro do edifício em 1999.

Trata-se da “Estação CCR das Artes”, uma nova sala do Complexo Cultural Júlio Prestes que abriga uma série de equipamentos culturais da cidade, dentre eles a famosa “Sala São Paulo”, onde no passado funcionou a Estação de Ferrovia Sorocabana.

A Estação CCR das Artes irá funcionar como uma sala auxiliar da Sala São Paulo e ocupará o espaço do antigo saguão da estação Júlio Prestes, onde eram vendidos os bilhetes de trem. A sala será um espaço multifuncional e modulável com capacidade para até 543 pessoas e palco de 160 m².

Na CCR serão recebidas diferentes modalidades de apresentações artísticas como teatro, dança, literatura, cinema e atividades educacionais e socioculturais. 

A Sala São Paulo, atualmente administrada pela organização social (OS) Fundação OSESP, é a sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo do Coro e da Academia de Música. Além disso, o Complexo Cultural Júlio Prestes também abriga a São Paulo Escola de Dança, a Estação Pinacoteca, a Escola de Música do Estado de São Paulo Tom Jobim (EMESP Tom Jobim) e a Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas.

A nova sala teve o seu projeto financiado por recursos da Lei Rouanet, em uma parceria firmada entre a Fundação Osesp, o Governo do Estado e o Grupo CCR — detentor da concessão da estação Júlio Prestes, da Linha 8-Diamante. Além disso, há um contrato de patrocínio da concessionária com a Osesp de pelo menos três anos.

A inauguração de novos equipamentos culturais na cidade é sempre uma boa notícia. Entretanto é preciso destacar o fato de que equipamentos como o Complexo Cultural Júlio Prestes, na cidade de São Paulo, foram lamentavelmente apropriados por organizações sociais, o que na prática significa a privatização desses espaços que pertencem ao estado e a sua população.

Diga se de passagem que mesmo gerenciados pela iniciativa privada, o estado continua entregando dinheiro público para a manutenção desses espaços. 

É necessário, portanto, que os espaços culturais públicos retornem para as mãos do estado, assim como as próprias estações de metrô e trem que assim como os equipamentos culturais da cidade estão sendo entregues de presente às empresas privadas.

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