Fim dos Caixas

Fim dos Caixa no BB, um golpe contra os trabalhadores

A questão da eliminação dos postos de Caixas nas agências bancárias é um ataque à toda a população que necessita dos serviços bancários

A política de ataques aos direitos dos bancários do Banco do Brasil, através das famigeradas reestruturações, continua causando danos aos trabalhadores e, consequentemente à instituição pública, Banco do Brasil.

Uma dessas consequências é justamente a determinação da direção do banco em eliminar o posto efetivo dos Caixa Executivos

Como este Diário, no período da Campanha Salarial da Categoria Bancária, que se realizou no mês de setembro do ano passado, noticiou, a direção do Banco do Brasil preparava dar um golpe no Comando de Negociação dos bancários na questão do fim dos postos efetivos de Caixas Executivos. 

Na ocasião, o BB havia se comprometido a não mexer nas gratificações dos caixas durante a Campanha Salarial Nacional, ou seja, enquanto que a categoria estivesse no período de negociações, os banqueiros do BB garantiriam que não haveria o fim das gratificações. Mas, para o Diário Causa Operária, naquele instante, coube a pergunta: o que viria depois do fim das negociações, e afirmamos que a política dos banqueiros do BB era de eliminar as gratificações efetivas dos caixas, e que o banco tinha a determinação, seguindo as tendências dos bancos privados, em colocar em prática em transformar os trabalhadores, que exercem a efetividade nesta função, em Caixas Minuto, ou seja, o funcionário passaria a receber a gratificação apenas pelo tempo do serviço de caixa realizado, e que era necessário aproveitar a Campanha Salarial, através das mobilizações, organizar um movimento para impedir que a tal medida do banco não fosse efetivada. 

Com a política de paralisia/colaboração das direções sindicais, no sentido de mobilizar os trabalhadores contra mais esse ataque aos direitos dos funcionários do BB, a direção do banco acabou impondo a sua política de acabar com os caixa efetivos e, junto ao Comando de Negociação da Categoria,  “garantiu”, através de um golpe, que haveria novos cargos e que os caixas seriam realocados em funções com remuneração equivalente ou superior à gratificação de caixa.

Mas, em promessa de patrão e de políticos só acreditam os mais ingênuos (ou os mal intencionados), eis que o banco descumpriu o prometido e a partir do dia 1º de fevereiro será extinta a função de Caixa Executivo. A consequência é que, os trabalhadores atingidos têm, sistematicamente, denunciado que o banco não está cumprindo com o determinado. Segundo as denúncias feitas ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, “muitos afirmam (funcionários, nr) não ter alternativas viáveis de realocação, o banco não tem cumprido a promessa de manter os funcionários na mesma cidade ou em localidades próximas” e que, “nas agências onde há mais de um caixa para uma única vaga, o processo de escolha tem recaído sobre os gerentes gerais, o que desrespeita o histórico sistema interno de ascensão e oportunidades do banco”.(Site spbancarios 16/01/2025)

Além de ser um ataque aos direitos e conquistas dos trabalhadores do Banco do Brasil, a medida  da direção do banco ataca a empresa como uma instituição de caráter público. 

A questão da eliminação dos postos de Caixas nas agências bancárias é um ataque à toda a população que necessita dos serviços bancários. 

É conversa fiada dos banqueiros, que se utilizam da justificativa de que o número de clientes nas agências só vem caindo, que as pessoas se utilizam dos meios eletrônicos etc. e tal. Mas, para aquele cidadão das periferias das grandes cidades, do interior do País, de dimensões continentais, é um verdadeiro inferno a situação das agências bancárias, que vivem lotadas, sem funcionários e com poucos caixas.

A reestruturação, pela qual passa o banco, é mais uma medida da direitista de ataques contra os trabalhadores. Nesse sentido,a medida de eliminar postos no banco é uma medida terrorista contra aqueles que se dedicam em prol de uma instituição que é um patrimônio do povo brasileiro e até mesmo contra a instituição pública Banco do Brasil.

Os trabalhadores do BB e suas organizações devem organizar, imediatamente, uma gigantesca mobilização contra os ataques da direção do banco e pôr fim à política de reestruturação que, no frigir dos ovos, abre caminho para a privatização da empresa.

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