Nos últimos dias, a polêmica em torno do TikTok nos Estados Unidos ganhou uma nova atualização. A alegação oficial do trumpismo era que o TikTok retornaria com um acordo com os norte-americanos que preservasse sua segurança nacional, mas, ao que tudo indica, não tem a ver com os EUA – e sim com “Israel”. Os conteúdos com “Palestina Livre” na plataforma foram banidos, assim como novos conteúdos com a frase proibidos de serem postados, indicando que o TikTok estaria cedendo a pressões do lobby sionista para reprimir conteúdos e contas pró-Palestina, derrubando tanto o conteúdo, quanto o usuário. Essa movimentação ocorre em um momento crítico para o imperialismo, em que a plataforma enfrenta ameaças de banimento no país tendo chegado a ficar horas fora do ar no fim do mandato do genocida Joe Biden, supostamente por questões relacionadas à sua ligação com a China. No entanto, o verdadeiro motivo pode estar profundamente enraizado na tentativa de silenciar a luta contra o sionismo.
Desde o começo da guerra de libertação nacional palestina iniciada em Gaza, em outubro de 2023, o TikTok emergiu como uma das plataformas mais importantes para ativistas e criadores de conteúdo pró-Palestina, sendo a rede em que era permitido defender a Palestina ao lado do X, de Elon Musk. Com mais de 1 bilhão de usuários ativos globalmente, incluindo 170 milhões nos Estados Unidos, a rede social tornou-se um canal crucial para documentar os horrores vividos pelos palestinos sob bombardeios israelenses.
Vídeos mostrando destruição, deslocamento e pedidos desesperados por ajuda humanitária ganharam ampla visibilidade na plataforma, intencionalmente ignorados por toda a imprensa burguesa. Essa capacidade do TikTok de amplificar até o alcance do Hamas e dos demais grupos de libertação nacional gerou desconforto entre grupos pró-“Israel” e legisladores norte-americanos, pois a informação é uma das maiores armas contra os absurdos promovidos pelo sionismo. Mitt Romney e Mike Gallagher apontaram como a rede era usada pela resistência e seus apoiadores, apontando o TikTok como um espaço onde conteúdos pró-Palestina predominam sobre os pró-“Israel” – como aconteceria em qualquer espaço sem censura.
A censura atingiu um novo patamar quando usuários começaram a relatar que comentários com a frase “Palestina Livre” estavam sendo removidos automaticamente pelo TikTok sob alegações de violação das diretrizes comunitárias. Em alguns casos, os usuários receberam notificações informando que tais comentários eram considerados “discurso de ódio”.
Essa repressão ocorre logo após o TikTok evitar temporariamente um banimento nos EUA, graças a uma extensão concedida pelo ex-presidente Donald Trump. Especula-se que essa extensão possa ter vindo acompanhada de exigências para aumentar a censura sobre conteúdos relacionados à Palestina.
Embora o TikTok tenha negado oficialmente qualquer política contra o uso da frase “Palestina Livre”, os relatos, vídeos, capturas de tela e estatísticas mostram o contrário. Além disso, declarações públicas de autoridades israelenses, como Amichai Chikli, Ministro da Diáspora, indicam que houve pressão direta sobre plataformas digitais para conter conteúdos considerados “antissemitas”, que nada mais é do que uma forma cínica dos fascistas de chamarem a defesa da luta legítima do povo palestino.
A influência do lobby sionista na política digital dos EUA não é novidade. Desde o início do conflito em Gaza, grupos pró-“Israel” intensificaram seus esforços para moldar a opinião pública.
No Brasil, por exemplo, agentes como o senhor André Lajst, sionista de carteirinha e defensor do que foi feito por “Israel” até sua última consequência, buscou influenciar dezenas de setores e silenciar outras dezenas, como foi o caso do Partido da Causa Operária, que teve seus dirigentes e militantes processados pelo sionista da cabeça lustrada em questão. Segundo relatos, líderes empresariais e políticos pressionaram diretamente empresas como TikTok para reduzir a visibilidade de conteúdos pró-Palestina.
Essa pressão se alinha com uma estratégia mais ampla de calar não só as críticas às ações israelenses na Faixa de Gaza, mas sobretudo interromper por completo o fluxo de informação. O caso do TikTok destaca uma contradição fundamental: enquanto legisladores americanos dizem defender ostensivamente a liberdade de expressão como valor democrático central, o que não passa de uma piada de mal gosto contada por genocidas e assassinos, eles simultaneamente apoiam medidas que restringem todo e qualquer discurso crítico ao sionismo, a proveta de laboratório do nazismo feita pelos Estados Unidos.
Essa hipocrisia foi apontada por analistas como Nina Smith, que descreveu as ações contra o TikTok como uma violação flagrante da liberdade de expressão. A possível perda do TikTok como espaço para ativismo digital representa um golpe significativo para os movimentos pró-Palestina sobretudo nos Estados Unidos.
A verdade é revolucionária e a verdade, sobre o que ocorre em Gaza, influencia sobretudo a juventude em plataformas como essa. Atualmente, cerca de 17% dos adultos americanos obtêm notícias por meio do TikTok, tornando-a uma ferramenta poderosa para disseminar informações.
O caso do TikTok ilustra como as redes sociais se tornaram campos de batalha cruciais na luta pela opinião global, sobretudo da juventude, e escancara como a luta pela censura nunca, nunca favorecerá a classe trabalhadora. Tratarão a censura como um instrumento para coibir o racismo, mas no dia seguinte toda e qualquer voz que se levante contra o imperialismo será silenciada pelos aparatos da burguesia.