Editorial

Vitória do Hamas só foi possível porque se trata de uma revolução

Hamas adquiriu uma estatura diante da população palestina maior do que o Hesbolá quando derrotou "Israel" em 2006

Ainda é difícil medir a grandeza política do acordo de cessar-fogo conquistado pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe) contra a máquina nazista sionista. Mas uma coisa é certa: o Hamas adquiriu uma estatura diante da população palestina maior do que o Hesbolá quando derrotou “Israel” em 2006.

Primeiro, porque a situação da Palestina é muito pior do que a situação do Líbano. Os palestinos sofrem há quase um século com a política de apartheid, assassinatos, prisões arbitrárias e a presença constante dos invasores sobre suas terras. Os bombardeios israelenses acabaram com a infraestrutura da Faixa de Gaza a ponto de destruir todos os hospitais da região.

O Hamas já era o partido mais popular do país – afinal, venceu as eleições e dirigiria a Autoridade Palestina hoje se não tivesse sido vítima de um golpe. Agora, seus líderes e combatentes aparecerão como se fossem efetivamente os enviados de Deus na face da Terra. O feito do grupo palestino é espetacular.

A história da humanidade é repleta de exemplos de momentos em que os oprimidos derrotaram os opressores. No entanto, a vitória do Hamas apresenta características inéditas. Uma força guerrilheira mal-armada de um pequeno pedaço de terra conseguiu impor sua vitória sobre os países mais poderosos do mundo e abriu uma crise tão profunda que inviabilizou a reeleição do então presidente norte-americano democrata Joe Biden.

Esse feito só pode ser explicado por um único fator: estamos assistindo a uma enorme revolução palestina. Apenas nessas circunstâncias, quando a população inteira se coloca a favor de uma luta intransigente contra os opressores, é possível um grupo pequeno ter uma vitória como essas. Uma vitória que, obviamente, terá consequências importantes, uma vez que ela expôs que o sionismo e o imperialismo, o grande “bicho-papão” dos povos oprimidos, está fraco e em uma situação delicada.

A tendência é que a revolução palestina aumente a temperatura na Cisjordânia, levantando a sua população contra os corruptos e traidores da Autoridade Palestina. E que essa revolução acabe fazendo nascer movimentos poderosos em outros países, tornando a vida do imperialismo um verdadeiro inferno.

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