A Disney, uma das maiores empresas de entretenimento do mundo, decidiu se afastar das produções voltadas à temática woke (“despertar”, como o identitarismo é chamado nos EUA), sinalizando um retorno às suas “raízes do entretenimento”.
Nos últimos anos, a produtora vinha produzindo obras com forte conteúdo identitário. Embora positiva para a propaganda da principal ideologia imperialista do momento, essa estratégia impactou negativamente no desempenho financeiro da companhia.
Diante desse panorama, a Disney tem implementado medidas para reverter os prejuízos, que até 19 de fevereiro do ano passado, acumulavam mais de 1 bilhão de dólares. Uma das ações mais comentadas foi a reformulação de sua abordagem criativa, com o retorno a conteúdos que priorizam histórias clássicas e universais. Essa decisão faz parte de um movimento liderado pelo CEO da companhia, Bob Iger, que reassumiu o cargo em 2022, após a saída de Bob Chapek.
As alterações têm se refletido em diversos aspectos do portfólio da Disney. Filmes e séries que antes enfatizavam temas identitários estão sendo revisados, para equilibrar propaganda ideológica com entretenimento acessível a todos os públicos. Um exemplo citado é a franquia Star Wars, alvo de críticas relacionadas à direção criativa e à segmentação de sua audiência.
Outro ponto relevante é a reformulação dos parques temáticos. A Disney anunciou revisões em atrações e apresentações anteriormente modificadas para refletir valores sociais contemporâneos, mas que não agradaram grande parte do público. Investidores também pressionaram a empresa a adotar uma postura mais centrada no retorno financeiro.