A advogada palestina Diyala Ayesh, libertada após um ano nas masmorras israelenses embora sem qualquer acusação – situação essa comum à maioria dos demais prisioneiros palestinos -, relatou a opressão diária e os constantes abusos impostos às mulheres em custódia, incluindo maus tratos e revistas humilhantes.
Ayesh, presa em 17 de janeiro de 2024 por forças israelenses em um checkpoint militar em Belém, na Cisjordânia ocupada, falou sobre o sofrimento enfrentado pelas centenas de mulheres palestinas nas cadeias do Estado sionista e criminoso de “Israel”.
Ayesh foi apenas mais uma detenta em regime de prisão “administrativa”, mecanismo oriundo da colonização britânica, que viabiliza o encarceramento de palestinos nativos sem julgamento ou sequer acusação. Muitos desses são adolescentes e há relatos até mesmo de crianças detidas sob essa condição.
“Fiquei presa sem qualquer acusação, sob detenção administrativa, por um ano inteiro, até ser liberta ontem [quinta-feira, 16 de janeiro]”, destacou Ayesh. (Monitor do Oriente Médio, 17/01).
Desde quando o Hamas realizou, no dia 7 de outubro de 2023, a espetacular e bem sucedida incursão militar em território que lhe pertence (ocupado ilegalmente pelo sionismo), a opinião pública internacional é massacrada diariamente por uma avalanche de mentiras e inverdades acerca do Movimento de Resistência Islâmico (Hamas), (des)informações essas veiculadas por quase todos os órgãos da imprensa capitalista-sionista mundial.
Um dos ataques caluniosos dizia respeito justamente a um suposto tratamento desumano aos quais estavam sendo submetidas as mulheres israelenses capturadas e feitas prisioneiras durante a operação militar. No entanto, nunca houve qualquer comprovação (vídeo, fotos, etc) de maus tratos infligidos não somente às mulheres, mas a qualquer outro cidadão israelense sob custódia do Hamas.
Vale destacar que muitos setores da esquerda mundial (especialmente aqui no Brasil) não somente negaram apoio à ação libertadora do Hamas, como muitos o condenaram, justamente sob o pretexto (falso) de que o Movimento Islâmico praticou terrorismo (seguindo a cantilena da imprensa pró-imperialista), “oprime” as mulheres, etc, obrigando-as a adotar hábitos e costumes alheios às suas vontades. Nada mais falso e distante da realidade.
O caso da advogada palestina, libertada após um ano de detenção ilegal, é emblemático no sentido de expor ao mundo quem são os verdadeiros opressores; quem são os violadores de direitos; quem são os abusadores de mulheres, quem são os estupradores de menores e adolescentes.
Nesse momento, com o acordo de cessar-fogo e a troca de prisioneiros, muitos relatos serão tornados públicos acerca das condições do cárcere, certamente com testemunhos que irão escandalizar o mundo sobre o que é “viver” nas masmorras medievais do Estado sionista.