O segundo ano do mandato do atual governador do estado de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos) encerrou com o aumento de 65% das mortes provocadas por assassinatos cometidos por policiais militares.
Dados do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial vinculado ao Ministério Público mostram que em 2024 foram assassinadas pelas mãos da polícia militar pelo menos 760 pessoas. Em 2023 esse número havia sido de 460.
Dentre os assassinados pelas mãos dessa polícia criminosa está um menino de apenas 4 anos de idade e um estudante de medicina desarmado que foi morto a queima roupa por dois policiais armados.
Destacou-se também no ano de 2024, a operação criminosa cometida pela polícia de Tarcísio na Baixada Santista onde trabalhadores da comunidade local foram assassinados com requintes de crueldade, na maior chacina da história de São Paulo desde o massacre do Carandiru em 1992.
Apesar do alto acréscimo em relação a 2023, o número atual de mortes cometidas por policiais em São Paulo está longe de ser inédito.
Na realidade o que aconteceu foi que o número de assassinatos praticados por policiais no estado de São Paulo voltou ao seu patamar usual depois de uma leve queda ocorrida durante o início da introdução das câmeras corporais em 2021.
A brutalidade policial portanto não é uma excepcionalidade trazida pelo governo Tarcísio, como procura fazer parecer a imprensa burguesa e até mesmo setores da esquerda, mas uma decorrência natural do caráter criminoso dessa instituição que existe para matar a população trabalhadora. No governo do ex-tucano Geraldo Alckmin em São Paulo, em meados de 2017, por exemplo, o número da letalidade policial chegou a mais de 900 assassinatos ao ano.
Apesar de liderar os números da violência policial, a polícia militar não é a única polícia a assassinar a população.
Somados os números de assassinatos das polícias militares, civis e guardas municipais tivemos em 2024 um patamar acima de 840 assassinatos.
Para dar um basta na conduta assassina desses verdadeiros bandidos fardados a única solução é a extinção das polícias tais como elas existem hoje e a organização de milícias populares que possam cuidar da segurança pública com o aval e o monitoramento da população.