A crise do imperialismo está no centro dos acontecimentos globais, impactando diretamente as condições de vida dos trabalhadores e as lutas de libertação nacional. Para quem deseja compreender a fundo os fenômenos que moldam o mundo atual, a Universidade Marxista do Partido da Causa Operária (PCO) oferece um curso único, ministrado por uma liderança experimentada na luta política: o presidente nacional da agremiação, Rui Costa Pimenta. Voltado ao entendimento teórico e prático da luta contra o sistema de opressão em colapso, o curso será realizado entre os dias 25 e 2 de fevereiro, com o tema “A crise do imperialismo: elementos fundamentais da crise mundial”.
Neste curso, serão abordados eventos fundamentais que ilustram o enfraquecimento do imperialismo e as contradições marcantes da nova etapa histórica que vivemos, e que levam ao acirramento da crise terminal do sistema político global. Confira os temas centrais:
Talibã
A expulsão das tropas norte-americanas do Afeganistão após 20 anos de ocupação criminosa foi uma derrota moral e militar para os EUA, revelando sua incapacidade de sustentar o controle sobre os povos oprimidos. A ascensão do Talibã ao poder representou um marco na luta anti-imperialista, desencadeando uma onda de movimentos radicalizados de luta entre outros grupos que resistem à opressão da ditadura mundial. Atolado em uma crise econômica que se arrasta desde 2008, os monopólios foram obrigados a abandonar o pobre país asiático, demonstrando sua fragilidade diante das insurgências locais.
A vitória do Talibã não foi apenas militar, mas política: expôs o fracasso da intervenção imperialista. Aterrorizante no começo, em 2001, a ocupação aprofundou o atraso social e econômico no Afeganistão. Contudo, 20 anos depois a invasão seria derrotada, em um evento inspirador à luta de povos em diversas regiões, mostrando ser possível enfrentar e derrotar os opressores.
Golpes na África: uma reação à dominação imperialista
Na sequência da vitória do Talibã no Afeganistão, os países africanos da região do Sael como Níger, Mali, Burquina Fasso e Gabão empreenderam a golpes militares que desafiaram abertamente o imperialismo, especialmente o francês. Esses eventos, apoiados por ampla mobilização popular, marcaram o início de uma nova etapa na luta de libertação nacional da África.
A dominação francesa na África baseou-se em um sistema semicolonial disfarçado de independência, que manteve as economias africanas subordinadas a Paris. No entanto, a crise do imperialismo e o apoio de Rússia e China incentivaram esses países a romperem com o controle estrangeiro. As bandeiras russas levantadas nas manifestações refletem essa busca por alianças que desafiem a ordem imperialista.
Esses movimentos demonstram que, mesmo em um continente marcado pela miséria, há uma tendência crescente de luta pela soberania e pelo controle dos recursos naturais, desafiando diretamente as potências imperialistas.
Escalada da OTAN contra Rússia, Irã e China
Um dos primeiros desenvolvimentos logo após a vitória revolucionária do povo afegão contra o imperialismo foi justamente no Leste Europeu, onde a Rússia, percebendo a fraqueza do imperialismo, empreendeu uma ousada ofensiva contra o regime fantoche da Ucrânia, onde o imperialismo demonstrava disposição para instalar bases militares avançadas, sem outro objetivo além de esmagar o gigante eslavo e escravizar o povo russo. Tudo falhou quando o Crêmlin (sede do governo russo) decidiu que era chegada a hora de enfrentar o imperialismo militarmente no país vizinho e expulsar a ditadura nazista que se instaurou na Ucrânia com apoio do Partido Democrata norte-americano.
Atenta aos movimentos gerais do mundo, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), braço militar do imperialismo, vem intensificando suas ações em diversas frentes, preparando-se para uma guerra total contra as potências que desafiam sua hegemonia. A expansão para o Oriente Médio, com a criação de um escritório na Jordânia, e o fortalecimento de bases militares na Europa mostram que o imperialismo está disposto a usar todos os meios para manter sua dominação.
A instalação de mísseis de longo alcance na Alemanha e o fortalecimento das alianças militares na Ásia revelam o caráter agressivo dessa política. Porém, as potências desafiadas, como Rússia, China e Irã, têm resistido, liderando blocos como os BRICS e enfrentando sanções econômicas e intervenções diretas. Essa conjuntura reflete a agonia do imperialismo, que reage violentamente à sua crise de legitimidade.