A Amazônia é uma das regiões mais ricas do mundo em recursos extremamente importantes para todo tipo de produção industrial, um deles sendo o Petróleo. Por isso, há muito tempo que o imperialismo trabalha para ter um controle, quanto maior possível, sobre a região. Nos últimos anos, a ofensiva contra a Amazônia aumentou visivelmente. A última delas, de maior vulto, foi a enorme campanha internacional contra a exploração do petróleo na margem equatorial. Levando isso em consideração, o aparecimento de uma propaganda dos sionistas com relação a Amazônia é bastante suspeito e preocupante. Na última sexta-feira (10), o jornal Estado de São Paulo, um dos principais porta-vozes do imperialismo no Brasil, publicou matéria intitulada “Exposição resgata história de uma das mais antigas comunidades judaicas no Brasil, a da Amazônia”.
A matéria, assinada por um sionista, é recheada de propaganda de uma suposta moralidade superior dos judeus, além de reforçar a ideia da necessidade de se buscar uma terra prometida. O próprio objeto do texto, ou seja, a exposição sobre a história dessa comunidade judaica na Amazônia, levanta a suspeita de que o imperialismo pode estar preparando uma nova fase da campanha contra o controle dos países latino americanos sobre a região amazônica, da qual o Brasil não só é o país mais importante, como também detém, de longe, a maior parte do território.
No mesmo dia 10, uma página que anuncia o “III Congresso Internacional de Estudos Sefarditas” foi atualizada. O Congresso, que ocorrerá em outubro deste ano de 2025, está sendo organizado pelo Centro de Estudos Judaicos da Amazônia e será sediada na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Já na quinta-feira, dia 9, ocorreu a defesa de uma tese de Mestrado na UFPA (Universidade Federal do Pará) intitulada “As Culturas Judaicas e Amazônica em Pinturas das Artistas Plásticas Judias, Donna Benchimol e Mady Benoliel Benzecry”.
Um poucos mais atrás, há três semanas, a Folha de São Paulo – outro órgão conhecido pela defesa dos interesses do imperialismo no Brasil – também publicou matéria semelhante à do Estado de São Paulo, divulgando a mesma exposição que o outro e fazendo propaganda sionista.
Essa exposição já está ocorrendo há alguns meses, no entanto, o fato desses dois veículos de propaganda pró-imperialista puxarem o assunto num intervalo de tempo curto, é de destacar.
Também chama a atenção a importância que se deu a essas matérias: são textos bem escritos, de tamanho razoável, redigidos por pessoas claramente interessadas e envolvidas com o tema. O caráter propagandístico sobre o conteúdo da exposição é nítido. Não é apenas uma propaganda da exposição em si, mas da relação entre o sionismo e a Amazônia.
O sítio da Confederação Israelita do Brasil (CONIB), principal entidade do sionismo no país, também conta com vários textos, vídeos, entre outros conteúdos, sobre o tema.
Ainda que, diante dessas informações limitadas, não seja possível determinar que o imperialismo e o sionismo estão abrindo uma nova frente de batalha contra a soberania da Amazônia brasileira, é importante ficar atento a possíveis movimentos nesta direção.