O presidente do Chade, Mahamat Déby Itno, denunciou que foi vítima de um ataque perpetrado na noite de quarta-feira (8) contra a sede presidencial em N’Djamena. O ataque tinha como fim o seu assassinato.
Através da rede social Facebook, Déby disse: “Após o ataque perpetrado ontem à noite [quarta-feira] contra a Presidência da República por um grupo de indivíduos mal-intencionados, gostaria de expressar minhas mais profundas condolências às famílias das vítimas que caíram heroicamente, armas na mão, e desejo uma rápida recuperação aos feridos”.
Ele também enfatizou que será tarefa dos tribunais esclarecer os fatos e aplicar as sanções correspondentes aos culpados.
O procurador da república, Oumar Mahamat Kedelaye, informou que o ataque foi realizado por um grupo formado por “24 pessoas armadas a bordo de um veículo [que] simulou uma avaria do seu veículo e aproveitou a situação para atacar os guardas de serviço em frente à porta da Presidência da República”.
Durante o confronto, seis agressores ficaram feridos e foram levados ao hospital.
Mahamat descreveu o ataque como grave e anunciou que as acusações preliminares contra os agressores incluem “assassinato, lesão intencional, tentativa de ataque à ordem constitucional, ataque às instituições do Estado, segurança do Estado, conspiração contra o Estado e participação em um movimento insurrecional”.
O porta-voz do governo e ministro das Relações Exteriores, Abderaman Koulamallah, descreveu os agressores como indivíduos drogados carregando facas e amuletos.
Para apoiar sua versão, as autoridades divulgaram imagens das câmeras de segurança do complexo, nas quais os agressores são vistos agredindo os guardas.
Além disso, também circularam nas redes sociais vídeos mostrando os corpos dos agressores mortos dentro do palácio presidencial.
O ataque ocorreu poucas horas depois de Déby receber o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, como parte de uma turnê pela África.
No início do ano, Déby também havia anunciado que as tropas franceses deixariam o país até janeiro, seguindo o mesmo destino que países como Níger e Mali, que foram tomados por militares nacionalistas.