Nesta quarta-feira (08), Hakan Fidan, ministro das Relações Exteriores da Turquia, e ex-chefe do MIT (agência de inteligência turca), declarou que “faremos o que for preciso”, inclusive realizando uma ofensiva militar, para acabar com as Unidades de Proteção Popular (YPG), se o Hayat Tahrir al-Sham (HTS), não conseguir dissolver as milícias curdas e assumir controle do norte da Síria.
As YPG são o braço armado do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, partido considerado terrorista pela Turquia, em razão de conflito armado iniciado na década de 1980. Elas também são a principal milícia das Forças Democráticas Sírias, através das quais (e de militares norte-americanos) os EUA controlam o norte do território sírio, rico em petróleo e trigo.
Segundo Fidan, o HTS teria poder para combater as YPG, mas isto poderia demorar em razão da fase de transição de poder que ocorre em Damasco, após o golpe imperialista que derrubou o governo nacionalista de Bashar al-Assad.
Comentando a respeito do apoio dos EUA à referida milícia e as Forças Democráticas Sírias, o chanceler turco declarou que várias das razões alegadas pelos EUA para a manutenção de sua presença na Síria já não existem mais, tais como o suposto combate ao Estado Islâmico.
Há semanas, confrontos ocorrem entre o Exército Nacional Sírio (apoiado pela Turquia) e as YPG.