O deputado libanês Hussein Hajj Hassan, membro do Bloco de Lealdade à Resistência, o bloco do Hesbolá se pronunciou no último domingo (5).
Ele destacou que alguns partidos “estão ultrapassando os limites conosco, e nossa mensagem é que ninguém pode lidar conosco de uma posição de coerção.O Hesbolá é forte e coeso, e sua liderança e base popular podem absorver todos os choques”.
Ele se refere ao processo eleitoral para a presidência do Líbano. As eleições indiretas devem acontecer no próximo dia 9 de janeiro, o imperialismo tenta impor um candidato de oposição ao Hesbolá.
Respondendo às provocações israelenses no sul do Líbano, Hajj Hassan acusou os EUA de permitir essas violações e encobri-las, questionando: “Os EUA são incapazes de parar as ações de Israel que foram longe demais?” Ele também responsabilizou os EUA, França e as Nações Unidas por monitorar e lidar com essas transgressões.
Sobre os vazamentos da imprensa israelense sugerindo a possível permanência das forças de ocupação israelenses em aldeias fronteiriças, Hajj Hassan afirmou: “Se eles ficarem, o Hesbolá decidirá a resposta apropriada no momento certo, como o Secretário-Geral disse”.
Sobre as eleições presidenciais no Líbano, Hajj Hassan esclareceu a posição do partido, afirmando: “Nossa posição de que não há veto sobre o General Joseph Aoun não significa que o Hesbolá o apoie ou se oponha a ele. Nosso candidato declarado é o líder do Movimento Marada, Suleiman Frangieh.”
Ele acrescentou: “as discussões em andamento sobre a presidência ainda não geraram resultados devido às divisões políticas. O presidente deve ser uma figura unificadora que defenda a soberania”.
Devido ao sistema sectário do Líbano o presidente deve ser um cristão maronita, ou seja, não pode ser do Hesbolá, partido xiita. Assim o Hesbolá apoia o candidato do partido Marada, que é seu maior aliado dentre os partidos cristãos.